O militante ainda denunciou a suposta utilização do Incra para fins eleitoreiros, uma vez que o antigo superintendente, Gilberto Coutinho, é candidato à deputado pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
Rua do Centro ficou bloqueada por cerca de um hora
Ficou tenso o clima entre trabalhadores rurais ligados ao Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST) e integrantes do aparelho de segurança do Estado, na manhã desta terça-feira, dia 8.
De acordo com as lideranças do movimento, os trabalhadores realizavam uma assembleia na Praça Sinimbu quando entraram em conflito com policiais militares. Os sem-terra atearam fogo a paus e pneus e bloquearam o trânsito, provocando o caos no acesso ao Centro e no bairro de Jaraguá.
Os trabalhadores, cerca de 700, chegaram à capital alagoana nesta segunda-feira, dia 7, para pressionar o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) a executar de forma rápida as demandas apresentadas há mais de cinco anos pelos trabalhadores rurais coordenadas pelo movimento no Estado de Alagoas.
Segundo um dos coordenadores do movimento, Josival Oliveira, a pauta que será apresentada ao superintendente do Incra, Estêvão Oliveira, deve ser finalizada na manhã de hoje. Na pauta há reivindicações de infraestrutura para assentamentos e vistorias de propriedades para fins de reforma agrária, entre outras questões.
Em entrevista à reportagem do Alagoas24horas, uma das principais lideranças do MLST no Estado, Marcos Antonio da Silva, o Marrom, disse que existem em Alagoas cerca de 10 mil acampados aguardando a definição da sua situação junto ao Incra.
Marrom destacou, também, que os trabalhadores devem ficar em Maceió até o próximo dia 12, quando realizam uma série de reunião com representantes de vários segmentos.
O militante ainda denunciou a suposta utilização do Incra para fins eleitoreiros, uma vez que o antigo superintendente, Gilberto Coutinho, é candidato à deputado pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Segundo Marrom, mesmo afastado por conta da desincompatibilização, Coutinho ainda teria ingerência no órgão.
Após negociação do Centro de Gerenciamento de Crises da Polícia Militar a via foi liberada e uma equipe do Corpo de Bombeiros realiza a lavagem da via.