Categoria aguarda resposta do Governo.
Militares saíram, no começo desta tarde, do Palácio República dos Palmares, sem a garantia da famigerada correção salarial e alertam que o São João pode ficar sem segurança por uma provável paralisação da tropa. Com a promessa do secretário de Gestão Pública, Guilherme de Souza Lima, de que no dia 14 de junho haveria uma resposta concreta sobre a possível concessão do reajuste, líderes das entidades que representam a classe ouviram da equipe do governo que um novo encontro estava marcado para a véspera de São João, dia 23 de junho.
Assim que souberam que a reunião foi adiada, as lideranças procuraram o secretário Guilherme Lima para tentar uma audiência extraordinária. Eles não foram recebidos pelo titular da pasta, que alegou ter compromissos pessoais no começo da tarde. “Não posso recebê-los porque preciso levar meu filho na escola”, afirmou o secretário.
O argumento dito aos militares pelo coronel PM Ronaldo dos Santos, chefe do Gabinete Militar do Palácio, foi de que a Secretaria de Gestão Pública não havia concluído o estudo detalhado que vem fazendo há dois meses sobre a real situação do Tesouro Estadual. Segundo o oficial, a reunião também não poderia acontecer nesta manhã tendo em vista que o governador Teotonio Vilela Filho viajaria às 14 horas para um compromisso previamente agendado.
Desta vez, a promessa foi de que a análise dos cofres públicos será finalizada na próxima sexta-feira (18). No sábado, o secretário Guilherme Lima discute a situação com o governador e na quarta-feira os dois sentam com os presidentes das associações para que cheguem a um entendimento.
No entanto, os líderes da tropa acreditam que há dois interesses políticos por trás desta demora em dar o ultimato para a categoria. Segundo eles, o governo estaria aguardando os desdobramentos da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 300, aquela que institui o piso salarial para profissionais da segurança pública de todo o Brasil. Na opinião dos presidentes, os governistas protelam a decisão para expurgar o tempo, previsto em lei, de concessão de reajuste salarial em ano eleitoral, ou seja, 3 de julho próximo.
Diante deste quadro, aparentemente evidente, a categoria planeja uma paralisação para o dia 23 de junho, data em que está marcada a última reunião antes do prazo eleitoral. Vale explicar que se o governador determinar a correção salarial, os parlamentares ainda precisam aprovar em sessão plenária. A data limite para os deputados também é 3 de julho