Desde a semana passada bandidos aterrorizam condutores.
Neste período de festa junina, associados do Motonáutica Lagoa Clube e moradores do Pontal da Barra, que habitualmente trafegam de veiculo à noite pela rua Riachuelo, (por trás da Braskem) convivem com o pânico da bandidagem dos últimos dias. Os marginais encararam o local como ponto estratégico, sobretudo pelo estado de abandono. Lá, a gang monta emboscadas, utilizando troncos de coqueiros, a fim de impedir a passagem de veículos, onde a finalidade é o de assaltar a mão armada.
“Durante um baile dos Namorados na sexta-feira, 11, no Motonáutica, os bandidos interceptaram vários carros, mas, a tempo chegou uma Guarnição da Policia Militar. Contudo nada fizeram em face desses elementos terem como fugir, pois aquela área é território deles, muito embora pertença a Indústria química Braskem. Na verdade aquele local é conhecido como um foco de traficantes que assaltam e roubam as pessoas e veículos todos os dias, fazendo vitimas e até crimes”, confessou um morador da região, que por medida de precaução não quis revelar seu nome.
O morador também disse que a Rua Riachuelo é uma artéria onde toda a sua extensão é de propriedade da Braskem, e as autoridades públicas não estão nem aí para exigir e intimar aquela empresa a murar seu terreno, somente assim acabaria de uma vez por todas com a onda de assalto e medo que ronda todos que passam por ali. “Policia Militar já está cansada de prender e trocar tiros com aqueles marginais oriundos das favelas da lagoa” completou.
Um empresário que mora no Pontal da Barra (não quis revelar seu nome) tem evitado agora passar no local, preferindo trafegar pela praia. Ele disse que naquela região já é de praxe os focos de marginais, traficantes, prostituição, deposito de lixo, animais mortos, roubo; despejo de dejetos de caminhões de fossa. Ali, segundo ele, não existe iluminação, policiamento regular, linha de ônibus deixando moradores dos bairros do Trapiche e do Pontal praticamente isolados e sem qualquer comunicação.
“Urge uma providência do poder público para evitar tais desmandos, exigindo pelo menos da própria empresa Braskem a murar toda sua área, assim com fazem com os mais fracos. Somente assim evitaria todo esse caos. Na verdade, o direito do cidadão de ir e vir previsto na Constituição Brasileira não existe para certos casos” desabafou.