Serão feitos seis procedimentos por mês.
Mesmo diante do programa de cirurgias cardiopatas criado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), que realiza seis procedimentos por mês, o governo do Estado decidiu incrementar o serviço, firmando parceria com a Fundação Internacional de Crianças Cardiopatas visando promover um mutirão para atender a demanda reprimida.
Para isso, a partir desta terça-feira, 22 profissionais dos Estados Unidos da América (EUA) irão realizar cirurgias no Instituto do Coração da Santa Casa de Misericórdia de Maceió, única unidade hospitalar alagoana que possui um centro habilitado para realizar esta modalidade de intervenção cirúrgica.
Nesta segunda-feira (21), o coordenador da equipe norte americana, Willian Novick, visitou o Instituto do Coração da Santa Casa de Misericórdia de Maceió, e revelou que escolheu Alagoas diante da grande demanda reprimida e porque o Estado possui uma situação sócio-econômica semelhante a países africanos.
“A situação do Estado é muito preocupante, pois seis cirurgias mensais é um número bem abaixo do necessário, quando as estatísticas apontam que cerca de 400 crianças com cardiopatias congênitas nascem em Alagoas”, observou, ao frisar que há 17 anos percorre vários países realizando cirurgias em cardiopatas.
O vice-governador de Alagoas, José Wanderley Neto, salientou que esta parceria entre a Sesau e a Fundação Internacional de Crianças Cardiopatas representa uma oportunidade para que muitas crianças que estão na fila de espera sejam submetidas às intervenções cirúrgicas.
“O programa de cirurgias cardiopatas, criado pela Sesau, já salvou centenas de crianças, mas esta parceria propiciará que nossos profissionais aprendam novas técnicas e Alagoas avance nesta modalidade de procedimento cirúrgico”, pontuou.
Custos – Para a realização do mutirão, além de toda infraestrutura necessária, a Sesau irá disponibilizar os medicamentos e insumos, além da estadia dos 22 profissionais.
“Cada cirurgia cardiopata custa de R$ 15 a R$ 20 mil e, por meio do mutirão, o investimento do Estado será ínfimo, diante do resultado obtido e dos conhecimentos absorvidos pela equipe médica alagoana”, acrescentou José Wanderley Neto, ao salientar que a Sesau tem investido recursos do Prohosp no programa.