Congresso Em Foco apontou 42 nomes que podem 'perder o sono' com a nova lei.
O nome do ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) passou a ganhar destaque na mídia nacional desde a aprovação da lei ficha limpa. Primeiro, ele foi apontado como “ficha imunda” pela revista IstoÉ. Agora, Lessa – que disputa o Governo do Estado – é apontado pelo Congresso Em Foco, como um dos nomes entre os 42 políticos brasileiros listados que podem “perder o sono” com a nova lei.
A lista aponta pré-candidatos e agentes públicos de expressão nacional ou regional. De acordo com a matéria, todos sofrem ameaças de inegibilidade após homologação das campanhas.
Dos 42 nomes identificados, 12 políticos renunciaram aos mandatos para evitar a perda dos direitos políticos. Também há 11 casos de cassação de mandato e 11 prestações de contas rejeitadas, que resultaram em condenações por grupo de juízes. Na outra ponta da lista aparecem condenações de menor incidência, como sentenças por improbidade administrativa (3), abuso do poder econômico (2) e um caso de crime de responsabilidade fiscal.
A data limite para o julgamento de todos os recursos apresentados nos Tribunais Regionais Eleitorais, transitado em julgado, é 19 de agosto. Até lá, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deverá ter uma lista preliminar com as candidaturas impugnadas pela Justiça eleitoral nos estados.
A matéria coloca Ronaldo Lessa como forte concorrente de Fernando Collor (PTB) ao Governo do Estado, e destaca que o ex-governador foi condenado pela Justiça Eleitoral porque, na campanha de 2004, quando era governador, fez uma série de promessas a funcionários públicos em troca da eleição de seu candidato a prefeito, o atual deputado estadual Alberto Sextafeira (PSB), que disputa à reeleição.
Os advogados de defesa de Lessa afirmam que a lei ficha limpa não atingirá o ex-governador do Estado de Alagoas. Ronaldo Lessa já se manifestou sobre o assunto recentemente e destacou que é candidato ao Governo do Estado. Lessa reúne o apoio de uma série de partidos da base do presidente Lula, incluindo o próprio PT que indicou Joaquim Brito para vice na chapa e o PMDB do senador Renan Calheiros, que é candidato à reeleição com o apoio do ex-governador.