Em entrevista coletiva, superintendente da CEF em Alagoas falou sobre pagamento do Bolsa família e FGTS, sobre a construção de novos imóveis, emissão gratuita de CPF e abertura de agências no sábado.
Gilberto Occhi, ex-superintendente da CEF em Alagoas
Nenhuma família vítima das enchentes que afetaram o Estado vai deixar de receber o benefício do programa bolsa família. A afirmação do superintendente da Caixa Econômica Federal (CEF) em Alagoas, Gilberto Occhi, foi dada em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira, 1º, na sede do banco.
O superintendente disse que 90% dos beneficiários alagoanos já realizaram os saques referentes ao mês de junho e explicou que àqueles que perderam os documentos podem sacar o dinheiro com uma declaração emitida pela prefeitura de origem. “A declaração deve atestar que o cidadão mora na cidade e é beneficiário do programa”, disse.
O superintendente anunciou que três agências da CEF estarão abertas neste sábado, 3, da 7 às 14h, em Palmeira dos Índios, União dos Palmares e Porto Calvo, concentrando o atendimento aos beneficiários dos municípios atingidos: “As prefeituras irão realizar o transporte das famílias para essas agências, onde elas receberão o pagamento. Os beneficiários de Atalaia, Satuba e Rio Largo podem procurar diretamente as agências da capital nos dias da semana”.
Na ocasião será solicitada a segunda via do cartão do bolsa família. Em Alagoas, quase 400 mil famílias recebem o benefício.
Segundo Occhi, o Ministério da Previdência também antecipou, para esta quinta-feira, o calendário de pagamento de aposentados e pensionistas das regiões atingidas. “Nos próximos dias também será disponibilizado um empréstimo referente ao pagamento de mês de pensão ou aposentadoria a ser descontado em 24 vezes sem juros”, explicou.
As vítimas das enchentes também podem retirar a segunda via do CPF isentas da tarifa de R$ 4,50 até o dia 25 de agosto em qualquer agência da Caixa.
Com relação à liberação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para as famílias das cidades onde foi decretado estado de emergência ou calamidade, cada prefeitura deve enviar à Caixa uma relação identificando os locais atingidos.
“Só os trabalhadores cujas residências foram atingidas poderão sacar o FGTS na totalidade. Para essa liberação, estamos aguardando apenas documentação das prefeituras com essa relação”, disse o superintendente.
Occhio explicou ainda que a CEF também está autorizada a operar uma linha de crédito especial para pessoas jurídicas que perderam seus estabelecimentos comerciais na tragédia. A linha terá aumento de limites, redução de juros e aumento do prazo para pagamento.
“O presidente Lula autorizou construção de novos imóveis para atender os desabrigados, dentro do programa Minha Casa, Minha Vida. As casas serão construídas em número suficiente, em locais diferentes de onde houve a tragédia. Estamos aguardando apenas que as prefeituras indiquem o local das construções para irmos até lá e darmos o nosso aval”, afirmou o superintendente.
Caberá a CEF a fiscalização das obras, mas ainda não está definido a quem caberá o pagamento das prestações das casas, que representam 10% da renda familiar. “O importante agora é que o investimento vai gerar impostos, empregos, renda e melhorar o comércio nas cidades atingidas”, finalizou.