Toninho Lins anunciou doação de um terreno de 45 hectares para a construção de 1.366 casas populares.
Várias casas do bairro Gustavo Paiva foram levadas pelas águas
O município de Rio Largo completou 95 anos de Emancipação Política neste terça-feira, 13. A tradicional festa cível deu lugar a um Culto Evangélico na Assembléia de Deus e a uma missa de Ação de Graças realizada na igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição.
Em meio ao sentimento de perda, após a maior calamidade dos últimos tempos, o prefeito Toninho Lins (PSB) anuncia oficialmente à população a doação de um terreno de 45 hectares para a construção de 1.366 casas populares. A área que está localizada às margens da AL-201, próxima a estação da Chesf foi doada pelo empresário Eduardo Monteiro, presidente do Grupo EQM – que assumiu a Usina Utinga Leão a pouco mais de dois anos.
“Ao visitar Rio Largo – cinco dias após a enchente – o presidente Lula nos pediu que arranjássemos um terreno o mais breve possível para que ele pudesse agilizar a verba para construção das casas para os desabrigados. E assim fizemos. Sei que não será da noite para o dia. É um processo difícil e geralmente muito demorado, mas estamos correndo atrás e pedindo a ajuda de todos. Não sei como agradecer a doação deste terreno que irá abrigar a princípio todos os rio-larguenses que perderam efetivamente suas moradias. No local haverá também posto de saúde e uma escola”, comenta o prefeito.
Toninho Lins aproveitou para tornar público o Decreto Municipal nº 50/2010 que determina a execução de medidas excepcionais em razão das chuvas e da situação de emergência estabelecida pelo Decreto Estadual nº 6.592/10. O novo decreto cria a Comissão para Recuperação de Atos Públicos (CRAP). O grupo terá a finalidade de resgatar junto aos órgãos públicos, como Tribunal de Contas do Estado e da União, Ministérios do Governo Federal, instituições financeiras, fornecedores, prestadores de serviços, assessorias contábil e jurídica cópias de eventuais atos expedidos pelo Poder Executivo de Rio Largo nos últimos cinco anos.
Além disso, a CRAP solicitará à Defesa Civil do Estado laudo e parecer acerca das condições em que as inundações deixaram os prédios públicos e os seus respectivos acervos materiais e documentais. Institui ainda, o certificado “Amigo de Rio Largo”, destinado aqueles que contribuírem para a restauração do acervo documental público do município destruído pela enchente de 19 de junho. A CRAP deverá divulgar relatórios circunstanciados, relacionando os documentos recuperados com suas devidas cópias. Os trabalhos da CRAP devem ser concluídos em 90 dias.
Em Rio Largo, a Defesa Civil contabilizou cerca de 16 mil pessoas afetadas pela enchente. Destas, mais 10 mil estão desalojadas e desabrigadas. Algumas estão em casas de parente e amigos, mas muitas ainda permanecem nas escolas por não terem para onde ir. O trabalho de limpeza urbana continua pelas vias públicas e bairros afetados pelas águas do Rio Mundaú. Assim como as visitas dos agentes de saúde as vítimas da enchente.