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Pronasci libera recursos para Centro de Perícias Forenses em AL

Novos aparelhos vão contemplar laboratórios.

Agência Alagoas

Diretora comemora chegada de novo equipamento

Os laboratórios básicos de biologia, química e toxicologia vão receber um aporte de equipamentos nos próximos dias. Por meio do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), o governo de Alagoas conseguiu R$ 2,3 milhões para investimentos em aparelhos para equipar os laboratórios.

A diretora do Centro de Perícias Forense de Alagoas (CPFor), Ana Márcia Nunes, disse que o projeto, pela primeira vez envolveu os técnicos do CPFor para opinar sobre as demandas e equipamentos que seriam adquiridos. “Os equipamentos vão otimizar os laboratórios básicos na parte biológica, química e toxicológica”, ressaltou.

O Governo continua com os investimentos para melhorar o trabalho dos peritos alagoanos. O Instituto Médico Legal (IML), Instituto de Criminalística (IC) e o Instituto de Identificação (II), eles receberam dez veículos para transporte de cadáveres (rabecões). A frota do IC aumentou ainda com a aquisição de mais duas viaturas, além da reforma e pinturas em todos os prédios onde funcionam os institutos.

Ana Márcia avalia como um dos grandes avanços para a perícia alagoana é o acordo de cooperação entre a Universidade Federal de Alagoas (Ufal). “O convênio permite a implantação de ações conjuntas e eficientes que visam assegurar a realização de estudo do DNA em casos de exames periciais criminais para a identificação de cadáveres, restos mortais e vestígios nos locais de crimes”, destaca.

No convênio firmado, o IML envia amostras biológicas – material genético – de cadáveres e de restos mortais não identificados e encaminha a familiares dos desaparecidos para o laboratório da Ufal, que realiza o exame de DNA e emite um laudo para o CPFor. As amostras ficam em um banco de dados do laboratório que será responsável por armazenar, gerenciar e comparar os perfis genéticos das análises.
O laboratório de DNA da Ufal é uma unidade que existe há mais de 10 anos e agora é a primeira no Brasil a arquitetar um banco de dados de material genético de desaparecidos e de corpos não identificados. A iniciativa qualificou a equipe a ser convidada a implantar o modelo nos outros estados.
Na cooperação, acrescenta a diretora Ana Márcia Nunes, foi viabilizada a participação dos servidores dos três institutos que compõem a estrutura do CPFor nas diversas áreas do conhecimento pericial.
Adailson Calheiros

Alberi lembra a reforma administrativa implementada na estrutura do órgão Mais projetos para o CPFor
Atualmente, um dos maiores objetivos da direção do CPFor é a aprovação, através de projeto de lei, da reforma administrativa e estrutural geral dos órgãos que fazem parte do complexo. “O processo entrou em tramitação na Secretaria de Estado da Gestão Pública (Segesp) e estamos aguardando a resposta desse trâmite para que possamos dar continuidade às melhorias”, frisou Alberi Espíndola, diretor-adjunto do CPFor.
Um outro projeto bastante aguardado pela direção do órgão é o que pode viabilizar um antigo sonho. “Já existe um terreno cedido pelo próprio Estado para que possamos construir um complexo que aglutine todos os órgãos do CPFor, o que facilitará sobremaneira a agilidade nos trabalhos”, salienta Espíndola. O terreno está localizado no bairro do Tabuleiro do Martins.
A estrutura do CPFor conta atualmente com 32 médicos-legistas; 48 peritos criminais; cinco odontolegistas; cinco papiloscopistas e 20 profissionais auxiliares de necropsia.
Polícia Científica está diretamente subordinada à Secretaria de Estado da Defesa Social (Seds) e trabalha em estreita cooperação com as demais polícias estaduais.