Mobilização faz parte do protesto unificado convocado pela federação.
Petroleiros de todo o país realizam, na manhã desta sexta-feira (3), uma paralisação de 8 horas nas unidades da Petrobrás. A mobilização faz parte do protesto unificado convocado pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) contra a proposta de acordo salarial apresentada pela direção da estatal.
De acordo com o secretário de imprensa do Sindicato dos Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos de Alagoas e Sergipe – Sindipetro AL/SE, Antônio Freitas, a categoria já recusou o índice de reajuste salarial estimado em 4,6% (IPCA), além de rejeitar a proposta de gratificação de 80% de uma remuneração normal e ganho real de 2% sobre a Remuneração Mínima por Nível e Região (RMNR).
“Os trabalhadores reivindicam reajuste com base no maior índice utilizado para recomposição dos salários, ganho real de 10% e tabela única de salários para o pessoal da ativa e aposentados”, destaca Freitas. Ele acrescenta que os petroleiros ainda querem acabar com a chamada remuneração variável, que causa distorções remuneratórias entre os operários e melhorias no Plano de Cargos e Salários.
Para o diretor do Sindipetro AL/SE, não há como aceitar um reajuste medíocre diante do elevado lucro de R$ 16,021 bilhões que a Petrobrás acaba de obter no primeiro semestre deste ano.
A categoria pretende intensificar as mobilizações para forçar a Petrobrás a apresentar nova proposta de acordo. Entretanto, caso isso não ocorra, as assembleias convocadas pelo sindicato já estão discutindo a construção de uma greve nacional unificada para o dia 14 de setembro.