Servidores apresentaram trabalhos de conclusão.
Profissionais da saúde do município, que vêm sendo capacitados pelo Curso de Língua Brasileira de Sinais (Libras) ministrado pela Associação dos Amigos e Pais de Pessoas Especiais (AAPPE), em parceria com o Programa de Atenção ao Portador de Deficiência (PAPD) da Secretaria Municipal de Saúde, participaram, nesta quinta-feira (9), da avaliação prática do curso. Eles apresentaram, na nova linguagem, elementos de sua prática cotidiana, à comunidade atendida na sede da AAPPE Escola, no Farol.
Realizada com o objetivo de avaliar o aprendizado da turma – profissionais que atuam no Centro de Controle de Zoonoses e na Educação em Saúde nas escolas – e mostrar a importância do saber da língua de sinais para repassar o conhecimento que os surdos necessitam para entender, principalmente, as informações que se referem à saúde da família, a atividade também contou com aferição de pressão arterial, dosagem de glicose e palestras sobre dengue, hipertensão arterial, diabetes e posse responsável de animais.
“A importância desse trabalho está no esclarecimento da comunidade surda em relação aos cuidados preventivos de saúde – tornando-os multiplicadores desse conhecimento – e também no efetivo acolhimento dessa parcela da população pelos profissionais do serviço público de saúde”, afirmou a coordenadora do PAPD, Luciana de Castro.
O atendimento, direcionado aos alunos matriculados na instituição e seus familiares, foi disponibilizado gratuitamente. A coordenadora dos cursos de Libras da AAPPE, Suely Reton, ressaltou que ações como essa têm ajudado na divulgação da linguagem e estimulado outros profissionais a se capacitarem para promover a inclusão desse público.
Entre os alunos que veem sendo capacitados desde o mês de maio, o clima era de ansiedade para mostrar o desenvolvimento do aprendizado. Para Juciara Araújo, que trabalha na área de Educação em Saúde nas escolas, a experiência vai facilitar bastante as atividades do dia a dia.
Eu sempre fiquei sem saber como me aproximar de pessoas surdas, mas aqui aprendi que meu maior desafio seria calar e me comunicar apenas com os gestos e as expressões faciais. A partir de agora, estou preparada para interagir com esse público”, avaliou.