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TORCIDA ORGANIZADA: Cearamor: acaba inquérito

Drogas e armas foram apreendidos na sede da Cearamor.

diariodonordeste.com.br

Drogas e armas foram apreendidos na sede da Cearamor.

MARÍLIA CAMELO – diariodonordeste.com.br

Chegaram ao fim, ontem, as investigações que apuraram uma série de crimes praticados por integrantes da torcida organizada ´Cearamor´. Hoje, o delegado Aurélio Araújo, titular do 34º DP (Centro), deverá conceder uma entrevista coletiva para explicar o indiciamento dos acusados em delitos graves como tráfico de drogas, receptação de veículo, posse ilegal de armas e formação de quadrilha.

O caso veio à tona no dia 14 de agosto, depois que a Polícia Militar perseguiu um jovem que tinha acabo de furtar um carro no bairro Piedade. O veículo roubado foi encontrado por policiais do Ronda do Quarteirão dentro da sede da organizada, na Avenida João Pessoa, no bairro Porangabuçu. Mas, para surpresa dos próprios PMs, além do carro roubado, foram encontradas armas de fogo (revólveres), drogas e outros objetos suspeitos naquele local.

Indiciamento

Depois de várias diligências, a Polícia prendeu, em flagrante, pelo menos um dos acusados de envolvimento nos crimes. Trata-se de Luís André Silva de Oliveira, 25, gerente da loja de produtos da torcida uniformizada. Ele foi autuado por crime de tráfico de drogas. Outros jovens detidos na ocasião acabaram sendo liberados depois de prestar depoimento no 34º DP.

O delegado Aurélio foi cauteloso nas investigações e determinou a realização de perícias no local da prisão depois que o presidente da Cearamor, Jeysivan Carlos dos Santos, o ´Jey´, procurou a Imprensa para acusar a Polícia Militar de ter sido a responsável pelo ´sumiço´ de R$ 15 mil que estariam na sede da torcida por ocasião da captura de seus colegas.

´Jey´ não provou ainda a acusação, mas prometeu processar o Estado pela ação da Polícia na sede da torcida. Ao mesmo tempo, ele está sendo processado na Comarca de Aquiraz pela morte de um adolescente torcedor do América de Natal (RN) e teve sua prisão preventiva solicitada à Justiça pelo promotor Francisco Marinho.

Ameaças

Em meio às investigações, surgiu mais um fato a ser apurado pela Polícia. Um dos PMs que participaram das diligências na sede da Cearamor, prestou queixa no 34º DP afirmando que sofreu ameaças de morte através de seu telefone celular.