Samba de Matuto apresenta uma roda diferente.
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Adaptado dos maracatus pernambucanos e influenciado pelos pastoris e danças de coco, o Samba de Matuto apresenta uma roda diferente. Embalado pelas cantigas ritmadas no bombo e no ganzá, a mestra, contra-mestra e a porta-bandeira traçam o passo no apito do cantador.
A alegria contagiante deste folguedo que vem lá da Massagueira, povoado do município de Marechal Deodoro conhecido pelas tradições e pela culinária, será a atração da noite do Engenho desta quarta-feira (15), às 20h, nos Jardins do Palácio República dos Palmares, na Praça dos Martírios, Centro.
As brincantes trajam vestidos curtos, rodados e chapéu de palha enfeitado com fitas coloridas espelhos e papel crepom. O grupo, de até 12 mulheres, é dividido em dois cordões: o encarnado e o azul, assim como no pastoril. Ao comando de cada sopro, os cordões se entrelaçam, movimentam-se e até misturam as vozes nas cantigas puxadas pelo mestre.
O Samba de Matuto é uma manifestação folclórica remanescente dos antigos engenhos de cana-de-açúcar e em Alagoas ficou conhecido na primeira década do século XX, nos clubes carnavalescos. Pouco tempo depois ganhou força nos períodos natalinos.
Mas, para o projeto Engenho de Folguedos, uma realização da Associação dos Folguedos Populares de Alagoas (Asfopal) em convênio com a Secretaria de Estado da Cultura (Secult), as apresentações tradicionais desses grupos que imortalizam a cultura popular nordestina não tem data e nem ocasião.
Em mais uma noite especial nos Jardins, intitulada João José, em homenagem a um dos mais antigos mestres do Samba de Matuto, terá ainda a participação especial de Rogério Dias e a sua Poesia Musicada no Pandeiro. A sabedoria popular e as palavras de um poeta transformam a apresentação num grande encontro cultural.
Nunca é demais lembrar que o Museu Palácio Floriano Peixoto permanece aberto à visitação durante as apresentações que, é claro, acontecem nesta quarta-feira (15), sempre às 20h, nos Jardins do Palácio República dos Palmares, no Centro. A entrada é gratuita e o local possui estacionamento próprio. Informações pelo telefone (82) 3315 – 7874.