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Polícia encontra plantação de maconha em cobertura de prédio

Apartamento tinha até uma estufa para cultivar as sementes.

G1

Pai e filho alegam que plantação era para consumo próprio

Ter plantas em casa, ou flores na cobertura – um luxo nos dias poluídos de hoje. Mas sempre possível para quem, se esforça.

Ter uma plantação de maconha numa apartamento de luxo é um sinal dos tempos em que vivemos – de total inversão de valores. Esse crime levou pai e filho para cadeia no Rio de Janeiro.

Eles cultivavam mais de cem pés de maconha numa cobertura na Zona Oeste da cidade. As sementes eram compradas pela internet e chegavam da Europa pelo correio.

O Código Penal é bem claro: cultivar entorpecentes é crime.

Na cobertura, no Recreio dos Bandeirantes, um engenheiro elétrico e filho dele praticavam aquilo que aprendiam em revistas importadas sobre o cultivo de maconha. Tudo era anotado num diário.

Eles disseram à polícia que as sementes eram compradas pela internet e que vinham da Europa pelo correio.

Na varanda, vasos de flores disfarçavam o que os agentes só enxergaram com ajuda de um binóculo. Ali foram encontrados 108 pés de maconha, de várias espécies, alguns com mais de 1,8m de altura.

A polícia recebeu uma denúncia anônima e depois de uma semana de investigação conseguiu confirmar o cultivo dos pés de maconha no apartamento. Um dos quartos foi transformado numa estufa, com luz e temperatura controladas para plantação.

Os peritos confirmaram, através de testes, que já havia droga pronta para consumo. O inquilino do apartamento, Francisco Aurélio de Souza Grossi e o filho dele, o jornalista Gustavo Grossi, foram presos em flagrante por tráfico e podem pegar de 5 a 15 anos de cadeia.

Eles disseram que tudo era para consumo próprio.

A polícia investiga se eles faziam cruzamento de espécies e se também vendiam sementes.

"Isso já é tráfico. Cultivar, semear entorpecentes é crime. Eles estão enquadrados", explica a delegada responsável pelo caso.