Parentes querem investigação sobre o caso.
Um diagnóstico errado pode ter levado à morte na madrugada deste domingo, dia 26, o motorista Benedito da Silva, de 55 anos. Familiares do paciente acusam um médico do Hospital Geral do Estado (HGE) de ter errado no diagnóstico da doença.
A denúncia, feita na Rádio Jornal na manhã de hoje, aponta que Benedito passou mal na noite do último sábado – por volta das 19h. Ele apresentava, segundo familiares, fortes dores no peito e teria sido diagnosticado como dor muscular após realização de um raio-x.
Benedito foi liberado pelo médico e teria voltado a passar mal horas depois da alta médica. Ao retornar para o HGE, o paciente foi atendido por outro médico que diagnosticou um problema cardíaco e acionou o cardiologista de plantão.
Familiares afirmam ainda que o motorista – além do diagnóstico errado – teria esperado várias horas por um cardiologista e teria falecido na área vermelha na madrugada de domingo sem ser avaliado pelo especialista.
O corpo de Benedito está sendo velado na casa da família, no bairro do Vergel do Lago. “Estamos revoltados com a situação, uma vez que meu tio morreu por causa de um diagnóstico errado. A segunda médica que atendeu ele no HGE afirmou que se o problema tivesse sido diagnosticado corretamente da primeira vez ele não teria morrido. Queremos que a direção do HGE e o Conselho de Medicina tomem providências para que ninguém tenha mais que passar por isso”, explicou Toinho, sobrinho de Benedito.
A Gerência do Hospital Geral do Estado (HGE) vem a público esclarecer que o paciente Benedito da Silva, 54 anos, residente no bairro Vergel do Lago, deu entrada nesta unidade hospitalar no último sábado (25), às 22h36, relatando dor torácica de forte intensidade.
Esclarece que a equipe médica de plantão prestou assistência ao paciente, que foi medicado e encaminhado para a área vermelha para ser avaliado pelo cardiologista. Foram solicitados exames complementares para investigação diagnóstica (raios X e eletrocardiograma).
Informa que o paciente apresentou parada cardiorrespiratória sem resposta às manobras de reanimação. Foi entubado e cardiovertido por nove vezes, não respondendo (fibrilação ventricular). O paciente foi submetido à administração de drogas vasoativas, seguindo protoloco do Advanced Cardiac Life Support (ACLS), porém não foi obtida resposta clínica satisfatória. O óbito foi constatado às 11h15 do domingo (26).
atualizada às 13h04.