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Padre condenado por abusar de coroinhas é preso

Padre foi encontrado internado num hospital.

O Globo

SÃO PAULO – O padre Avelino Backes, de 70 anos, condenado pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina a uma pena de sete anos de reclusão, em regime fechado, por abusar de coroinhas e alunas durante a catequese em cidades do oeste catarinense, teve mandado de prisão cumprido nesta terça-feira no interior do Rio Grande do Sul. Backes foi encontrado internado num hospital em Santa Rosa e agora está sob custódia da Brigada Militar. A polícia aguarda avaliação médica do padre.

O padre tentou recurso contra a condenação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) no início do mês. Em 26 de março de 2008, a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça confirmou sentença da Comarca de Capinzal para condenar o padre pela prática de atentado violento ao pudor contra meninas das paróquias de Piratuba e Ipira, naquela região, na década de 90. As vítimas tinham idades entre nove e 10 anos.

Segundo a Justiça, as meninas se queixaram aos pais que o religioso, a pretexto de arrumar suas roupas na sacristia, antes da celebração das missas, passava as mãos em suas nádegas e seios. Os ataques ocorriam também durante as aulas de catequese, e em passeios e piqueniques realizados pelo grupo em cidades vizinhas.

Inicialmente, o padre foi enquadrado por importunação ofensiva e foi condenado ao pagamento de multa. O Ministério Público apelou para o TJ. O desembargador substituto Túlio Pinheiro, relator da matéria, classificou a conduta do padre como atentado violento ao pudor.

Segundo o magistrado, o atentado violento ao pudor, no qual enquadrou o sacerdote, tem o ‘fim de satisfazer a lascívia de seu autor’.

– Não é crível que alguém que reiteradamente passa a mão nas partes pudicas de meninas com cerca de dez anos de idade não tenha nítido fim libidinoso – concluiu.

A decisão da 2ª Câmara Criminal do TJ foi tomada por unanimidade de votos.

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