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Plínio diz que vai fazer oposição seja qual for o resultado

'Qual é a próxima eleição?', brinca o candidato do PSOL após votar.

Bruno Azevedo/G1

Plínio disse que partido se reúne na segunda para definir apoio em eventual 2º turno

(Foto: )O candidato à Presidência da República Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) votou às 10h20 deste domingo (3) no Colégio Santa Cruz, em Alto dos Pinheiros, na Zona Oeste, acompanhado das netas. Antes de votar, Plínio atendeu aos jornalistas e fez um balanço da campanha.

"Eu faria tudo de novo. Segunda-feira o partido se reúne para decidir posição em caso de segundo turno. Independentemente de quem ganhar, o PSOL será oposição. Não apoiaríamos governo de direita."

Perguntado sobre se ele vai se candidatar a uma próxima eleição, Plínio brincou: "qual é a próxima eleição? Avisa o que tiver que estudamos e vamos. Certamente serei candidato porque estou popular", brincou. Plínio disse que o bom humor é a característica de sua candidatura.

Plínio demorou menos de um minuto na cabine de votação.
O candidato disse que se sente satisfeito com a campanha e informou que o partido irá se reunir nesta segunda-feira (4) para decidir se vai apoiar algum candidato num eventual segundo turno. “Valeu a pena. Meus companheiros de partido estão contentes, me sinto realizado. Faria tudo de novo do mesmo jeito. Foi uma campanha dificílima, as condições de voto eram mínimas", afirmou. Plínio afirmou acreditar que haver segundo turno na disputa à Presidência.

Fortalecer a bancada
Segundo Plínio, o PSOL pretendia com essa campanha fortalecer e aumentar a bancada na Câmara dos Deputados. “Não tinha condições de fazer uma campanha para ganhar. Foi uma campanha para dizer o que precisava ser dito (…) A campanha tinha fortemente a intenção de fortalecer o partido. Nós queremos manter a nossa bancada federal e aumentar nossa bancada. A candidatura serviu para isso.”

Oposição
Segundo Plínio, a principal mensagem de sua campanha foi a necessidade de se diminuir as desigualdades sociais. "Era uma mensagem difícil, dura. A principal mensagem foi igualdade. Esse país não pode continuar com essa desigualdade, porque ela é a base da corrupção, da violência, de tudo que perturba a gente. A mensagem foi essa. Vamos fazer este país mais igual, seremos todos mais felizes", disse. Segundo ele, a juventude entendeu seu recado.

Plínio evitou dizer se num eventual segundo turno o PSOL irá mesmo declarar apoio a um candidato, mas afirmou que o partido continuar sendo oposição ao próximo governo, independente de quem vencer. “Governo da direita? Não vamos nem passar perto. No somos oposição a um governo. Somos oposição a um sistema social, a esse regime [capitalista].”

Ainda de acordo com o candidato, o PSOL irá se fortalecer após essa campanha. "Vamos montar um partido que dentro de alguns anos será o que foi o PT e o PT desistiu. Um partido de núcleo de base, de democracia interna. Esse partido vai ressurgir."

Bom humor
Quando perguntado se o bom humor que demonstrou ao longo de toda a campanha era parte da estratégia política, Plínio disse que essa era uma característica pessoal. “Eu não provoco risos. Quem provoca riso é o contraste entre a realidade e o que eu dizia. Quando a Dilma dizia assim ‘nós vamos publicar todos os dados das contribuições oficiais’ o povo riu. Foi por que eu perguntei ou foi a besteira que ela falou?”, disse referindo-se à declaração da candidata petista no debate promovido pela TV Globo, quinta-feira (30).