Seleção espera agora duelo entre Itália e França para saber se enfrentará donos da casa
Depois de ter passado um sufoco considerável para vencer a República Checa na última segunda-feira, o Brasil mostrou muita paciência e um desempenho excelente nas recepções e nos saques para atropelar a Alemanha, por 3 sets a 0 (parciais de 25/17, 25/20 e 25/19), e atingir o seu primeiro objetivo dentro do Mundial de Vôlei: avançar às semifinais.
A equipe do técnico Bernardinho deverá ter pela frente agora o tão esperado confronto contra a Itália, dona da casa, a quem o grupo verde e amarelo já se queixou tantas vezes de favorecimento dentro deste Mundial. Para enfrentar os anfitriões basta uma vitória simples dos italianos sobre a França, ainda nesta quarta-feira, às 16h (de Brasília).
Depois de uma série de amistosos ruins antes do Mundial, os brasileiros conheciam bem os alemães, adversários de hoje. Com duas derrotas em três jogos, os comandados de Bernardinho estudaram muito nos últimos dois dias o que deu errado naquelas partidas e em nenhum momento foram ameaçados no duelo no Ginásio Palalottomatica, em Roma.
O jogo
O Brasil começou errando o primeiro ataque com Vissotto, mas em seguida virou o placar e abriu vantagem de 3 a 1, depois de um ataque para fora do capitão alemão Andrae. No saque de Vissotto, a equipe deslanchou no placar. Com um ataque para fora dos alemães e uma recepção mal feita que terminou em uma cravada de Lucão, o time verde e amarelo abriu 8 a 4 na primeira parada técnica.
A Seleção Brasileira seguia com larga vantagem no marcador, principalmente graças à boa atuação de Murilo no ataque, que terminou a parcial com cinco pontos. Em um saque flutuante de Rodrigão, os comandados de Bernardinho abriram 16 a 9.
Com o comando do jogo, o Bernardinho fez a inversão de posições trocando Bruninho e Vissotto por Marlon e Théo. A Seleção só abriu mais folga no marcador e fechou o primeiro set em fáceis 25 a 17, em um saque para fora dos alemães.
O segundo set começou novamente com a Seleção Brasileira abrindo vantagem de 3 a 1, mas os alemães logo se recuperaram empatando a parcial em um bloqueio de Andrae. Os alemães, porém, mesmo alterando algumas peças não conseguiam ser muito efetivos para desespero do técnico argentino Raul Lozano. Com isso, rapidamente os brasileiros voltaram a ter uma diferença de pontos a favor e na primeira parada técnica venciam por 8 a 6.
O saque de Bruninho, como nas outras partidas do Mundial, voltou a fazer a diferença. Desequilibrando a recepção dos alemães com o fundamento, ele iniciou o ponto que terminou em uma cravada de Vissotto explorando o bloqueio: Brasil 11 a 8.
Os europeus esboçaram uma reação, mas a Seleção mostrou cabeça tranquila para virar de segunda bola e se manter na frente. Em um ataque de Dante, que os alemães ficaram pedindo bola fora, a equipe de Bernardinho foi para a segunda parada técnica vencendo por 16 a 14. Os brasileiros ganharam mais moral logo em seguida, no melhor rali do jogo, Rodrigão fez belo bloqueio e a Seleção marcou 17 a 15, fazendo o técnico Lozano perder um pouco a cabeça e parar o jogo para dar bronca na sua equipe.
A parada não deu resultado. No saque de Murilo, o Brasil conseguiu pela primeira vez uma folga maior no set, abrindo 21 a 16, graças também ao setor defensivo, que pegou bolas dificílimas, uma delas marcantes com Bruninho dando um belo peixinho. Os alemães chegaram a diminuir a desvantagem, mas a equipe brasileira fechou em um saque de Marlon, que teve a recepção errada dos alemães para a cravada de Lucão: 25 a 20.
Na terceira parcial, o Brasil parecia ter a mesma facilidade para atacar – tanto que, no primeiro saque alemão, Rodrigão devolveu e fez 1 a 0. Porém, apesar de ter construído uma vantagem segura de cinco pontos (8 a 3), a equipe de Bernardinho se desconcentrou e permitiu a aproximação dos germânicos, que diminuíram a vantagem para apenas um ponto: 12 a 11.
Com o susto, o Brasil voltou a atacar melhor, virando bolas na rede e fazendo 18 a 14. A Alemanha ainda ameaçou, mas um erro de recepção no saque rival ajudou a Seleção a chegar ao placar de 20 a 16. No fim, com um jogo mais regular, o Brasil fechou o terceiro set em 25/19, graças a um desvio do bloqueio no ataque de Lucão.