O deputado Judson Cabral (PT) usou a tribuna para lamentar o episódio do corte de energia e cobrar explicações à Mesa Diretora.
O corte da energia elétrica do prédio da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) pela Eletrobras, no dia 6 de outubro, ainda repercutiu na sessão ordinária desta quarta-feira, 13, a primeira realizada em mais de um mês – as sessões não ocorreram por falta de quórum (são necessários nove parlamentares para abrir os trabalhos, número raramente alcançado durante o período eleitoral).
O deputado Judson Cabral (PT) usou a tribuna para lamentar o episódio do corte de energia e cobrar explicações à Mesa Diretora: “A Casa não pode ficar à mercê de situações tão degradantes como essa. Tenho convicção de que o duodécimo é repassado regularmente a esse Poder”.
O parlamentar disse que ficou constrangido e incomodado com a situação: “Espero que isso não se repita: “Não há mais espaço para falta de quórum, falta de água, elevador quebrado e outras circunstâncias nessa Casa”, desabafou.
O presidente Fernando Toledo (PSDB) disse que a Mesa Diretora já forneceu explicações públicas sobre o ocorrido e lamentou ter sido duro ao se referir à Eletrobras – em entrevista à impresa, Toledo classificou de “sacanagem” o corte realizado pela empresa de distribuição.
“Tenho certeza de que o corte foi um enorme equívoco, uma medida extrema que não deveria ter ocorrido. Nossos compromissos com a Eletrobras estão sendo cumpridos em dia. O fornecimento de energia foi suspenso por um acúmulo de dez anos, mas estamos em entendimento e o assunto também já está sendo discutido juridicamente”, frisou.
De acordo com a Mesa Diretora, o fornecimento de energia foi suspenso devido a uma dívida de cerca R$ 1,6 milhão da ALE com a Eletrobras. Desse valor, 95% seria referente a débitos legislaturas anteriores.
O deputado Antônio Albuquerque (PT do B), que já foi presidente da Casa por duas vezes, usou o plenário para afirmar que se sentia no direito de dizer que, em suas gestões, sempre determinou atenção ao pagamento da conta de energia da ALE. “É preciso esclarecer que os débitos vêm de décadas”.