Capacitações e consultorias tecnológicas são algumas das medidas para aumentar a produtividade.
A fundação da Associação dos Produtores de Pinha do Agreste é uma das novas a serem adotadas pelo Arranjo Produtivo Local (APL) Fruticultura no Agreste para alavancar a produtividade das anonáceas – uma família de plantas que inclui diversos frutos usados na alimentação, como a pinha, a graviola e a fruta do conde.
A associação vai favorecer a obtenção de recursos para o projeto de produção integrada dessas frutas, a fim de aumentar a quantidade e melhorar a qualidade dos produtos. Através da produção integrada, é possível produzir frutas de alta qualidade, com boas técnicas de manejo e mecanismos economicamente sustentáveis, assegurando uma agricultura viável em longo prazo.
Promovidas pelo APL, as consultorias tecnológicas e capacitações em temas que envolvem a segurança fitossanitária da produção e, também, dos trabalhadores envolvidos na atividade são ferramentas fundamentais para conseguir a certificação de Produção Integrada de Frutas (PIF).
O selo do certificado garante que a produção foi realizada com boas práticas, como cultivo correto, condições trabalhistas, não agressão ao ambiente e uma série de regras exigidas, que garantem a qualidade final do produto aos consumidores. Para garantir o selo de certificação nos três municípios que compõem o APL Fruticultura – Estrela de Alagoas, Igaci e Palmeira dos Índios – foi criado um comitê gestor da Produção Integrada de Anonáceas (PIA).
Junto ao comitê, a Embrapa, a Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra), Secretaria de Estado do Planejamento e do Orçamento (Seplan), a Cooperativa de Palmeira dos Índios (Carpil), a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Estado de Alagoas (Adeal) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) atuam em suas respectivas áreas para a emissão do certificado.
“A certificação garante o acesso dos produtores aos mercados mais exigentes. Além de abranger as possibilidades de mercado, a certificação ampliará a produtividade nos pomares da região”, explica o gestor do APL Fruticultura, Guilherme Belmont.
As normas técnicas de certificação das anonáceas são estabelecidas pelo PIA, junto à Embrapa de São Paulo, Ceará e Bahia. A iniciativa partiu da Embrapa do Ceará, através do pesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical, Raimundo Braga, nomeado pelo Mapa como coordenador geral do PIA no Brasil.