José Manoel, é acusado também de crimes de sequestros
Um português acusado de vários crimes, procurado pela Polícia cearense e pela Interpol, foi preso no Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza, quando tentava embarcar para Lisboa. Há 15 anos ele praticou um latrocínio dentro de uma suíte de hotel em Fortaleza
Um dos homens mais procurados pela Polícia cearense e pela Interpol, o português José Manoel Gomes Leonardo, de 55 anos, foi preso no Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza, quando tentava embarcar para Lisboa. Ontem pela manhã, ele foi apresentado à imprensa na Delegacia Anti-Sequestro (DAS), onde se encontra preso.
O português, que vinha usando duas identidades falsas expedidas na cidade de Jundiaí (interior de São Paulo) com os nomes de José Fernandes Oliveira e José Manoel João, além de um passaporte que o identifica por José Emanoel, é acusado de um latrocínio (roubo seguido de morte) e um sequestro em Fortaleza, ocorridos nos anos de 1995 e 2005, respectivamente, além de roubos de carros.
José Manoel, segundo a Polícia, é acusado também de crimes de sequestros na Paraíba e Pernambuco ocorridos em 2005 e, por conta disso, vinha sendo procurado pelas polícias daqueles estados.
Segundo o delegado Andrade Júnior, titular da DAS, o português vinha sendo procurado pela Interpol para responder por tráfico de drogas na Europa. Pelo crime, ele já foi condenado a 12 anos de prisão em Lisboa.
Morte em Hotel
No dia 12 de maio de 1995, José Manoel praticou em Fortaleza um latrocínio dentro de uma das suítes do Marina Park Hotel, situado na orla marítima. Ele agiu na companhia do guarda-costas Adriano de Souza Góes. Os dois acabaram presos e autuados em flagrante na Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) pelo então delegado Hélio Marques de Carvalho.
Os dois, conforme a Polícia apurou na época, mataram a tiros de pistola, para roubar diamantes, o comerciante Adey Nogueira Maia, que morava em Messejana e estava no hotel.
Na ação, o português e o comparsa também balearam o advogado José Ricarte Jorge Vieira (negociador do comerciante) e um amigo dele que estava no hotel.
COMPARSA DO PORTUGUÊS
Até ontem à tarde, a Polícia ainda não tinha a convicção exata de que o comparsa do português, Adriano de Souza Góes, teria cumprindo ou não toda pena sobre o crime no hotel em Fortaleza ou se teria entrado no regime semi-aberto.
Por medida de segurança, o português José Manoel Gomes Leonardo deverá ser encaminhado ainda hoje para um presídio da Região Metropolitana de Fortaleza, segundo o delegado Andrade Junior, titular da Delegacia Anti-Sequestro.
Landry Pedrosa
landry@opovo.com.br