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Mulher de empresário nega crime e acusa sócio do marido

A mulher do empresário foi presa pela Polícia Federal, a pedido da polícia alagoana no dia 9 de outubro e após prestar depoimento deverá ser encaminhada para o Presídio Feminino Santa Luzia.

Flávia Duarte/Alagoas24horas

Acusada presta depoimento ao delegado Valdor Coimbra após ser apresa em Colatina (ES)

A mulher do empresário Luiz Fernando Mattedi Tomazi, assassinado a tiros na Avenida Leste/Oeste, em Maceió, no dia 14 de setembro, prestou novo depoimento na manhã desta sexta-feira, 22, ao delegado Valdor Coimbra Lou, titular do 9º Distrito Policial. Lou conduziu Hornela Giurizatti, 33 anos, de Colatina (ES) a Alagoas. A mulher do empresário foi presa pela Polícia Federal, a pedido da polícia alagoana no dia 9 de outubro e após prestar depoimento deverá ser encaminhada para o Presídio Feminino Santa Luzia.

Em entrevista à imprensa, a mulher do empresário negou veemente o crime que lhe é atribuído. Segundo a polícia de Alagoas, Hornela teria orquestrado o plano que resultou no assassinato do marido. A mulher teria, inclusive, dopado o companheiro, para facilitar a ação dos assassinos.

Hornela Giurizatti negou o crime e disse que – ao lado do marido – “tinha uma vida que toda mulher queria ter”. A acusada ainda afirmou que após retomar o relacionamento com o marido – após a separação – tinha uma vida feliz, inclusive gozando de vários luxos. “Eu fazia as unhas duas vezes por semana, meu marido me comprava xampus de mais de R$ 100”, exemplificou.

A acusada de ser a autora intelectual do crime alegou que a família veio a Alagoas porque o marido pretendia investir no ramo de importação e exportação no Estado. A empresa teria na sociedade Luiz Fernando e Emerson Raposo Coto. Hornela alega que tem como provar que Emerson teria sido o autor intelectual do crime, cuja motivação seria a suposta empresa de exportação e importação.

A mulher do empresário disse que mesmo após ter sido preso pela Operação Broca da Polícia Federal, Luiz Fernando ainda tinha algumas ‘reservas’ que lhe asseguraram o aluguel da casa onde moravam, em Riacho Doce, até março de 2011, pelo valor de R$ 1.800 mensais.

Quanto à informação de que teria dopado o marido para facilitar a ação dos assassinos, Hornela voltou a negar a acusação da polícia. “Meu marido tomava Rivotril, Nisulid e Homeprazol todos os dias, eu não o dopei”.

A acusada encerrou a entrevista afirmando que teria informações bombásticas a respeito do caso, mas que só falaria após o depoimento ao delegado que preside o inquérito.