Mais de 900 voluntárias do Brasil trocam informações.
A capital alagoana está recebendo a partir desta quarta-feira, dia 3 de novembro, o 8º Congresso da Rede Feminina Nacional de Combate ao Câncer. O encontro irá reunir no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, no bairro do Jaraguá, mais de 900 voluntárias de todas as partes do país (representantes de 19 estados já estão confirmadas para o evento) que cuidam de pacientes carentes que se tratam do câncer. O Congresso está previsto para ser aberto às 19h, com uma apresentação cultural do grupo de dança folclórica Transart e as atividades só se encerram na sexta-feira, dia 5 de novembro.
A programação também engloba palestras com médicos, psicólogos e assistentes sociais, entre eles o diretor geral do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o médico e professor Luiz Antonio Santini Rodrigues da Silva. Durante os dias do evento, as voluntárias trocam informações sobre as ações de sucesso que desenvolvem em seus estados. ‘Isto permite que estes trabalhos também possam ser implementados em outras localidades, com grandes chances de sucesso’, esclarece Fátima Canuto, presidente da Rede Feminina Nacional de Combate ao Câncer.
A Rede Feminina de Combate ao Câncer é formada por instituições filantrópicas, sem fins lucrativos e instaladas em 23 estados brasileiros, que cuidam de pacientes carentes portadores de câncer em todo o território nacional. Em Alagoas, a Rede foi fundada em 1973, sendo desativada em 1984. Passou 17 anos sem funcionar e foi reativada em 2001, completando no início do próximo ano 10 anos de atividades ininterruptas. Atualmente, a Rede Feminina de Combate ao Câncer em Alagoas possui 150 voluntárias.
Os pacientes assistidos pela Rede no Estado recebem kits higiene, alimentação diferenciada (mais de 8 mil lanches/mês) durante os tratamentos de quimioterapia e radioterapia, passagens, remédios, fraldas descartáveis, além do mais importante: carinho e atenção nos difíceis momentos vividos na luta para tentar eliminar a doença. Mas não é só isso. As voluntárias, quando chamadas, dão palestras, desenvolvendo a chamada ‘educação preventiva’. Informações sobre como se prevenir e detectar o câncer precocemente são repassadas para alunos em unidades de ensino, moradores em associações de bairro e funcionários de empresas.
A Rede Feminina de Combate ao Câncer em Alagoas também administra um ateliê onde são fabricadas próteses mamárias para mulheres carentes que sofreram a mastectomia (nome da cirurgia de remoção completa da mama, utilizada como tratamento para conter o avanço do câncer). São distribuídas cerca de 200 próteses mamárias artesanais por ano e a confecção das mesmas é feita por uma paciente que também já sofreu as conseqüências do câncer na mama.
A Rede Feminina Nacional de Combate ao Câncer está aproveitando o início do mês de novembro para a realização deste encontro, já que em outubro diversas cidades ao redor do mundo comemoraram o já conhecido ‘Outubro Rosa’, colorindo seus principais monumentos.
Em Maceió, entre os dias 29 de outubro a 5 de novembro, estarão coloridos de rosa o Memorial Teotônio Vilela – na Praia da Pajuçara -, o Memorial à República – na Praia da Avenida -, o Museu Théo Brandão – na Praça Sinimbú – e o prédio da Associação Comercial – no bairro do Jaraguá. Lojistas do maior centro de compras da capital alagoana, o Maceió Shopping, estarão colorindo de rosa as suas vitrines para mostrar a adesão à causa.
A capital alagoana está colorida desta forma desde o ano passado, em 2009. A intenção da Rede Feminina Nacional de Combate ao Câncer é chamar a atenção de toda a população para exames de prevenção ao câncer de mama, além do diagnóstico precoce. E, neste ano, aproveitar a ocasião, para mostrar que o rosa é a cor do coração destas mulheres que não param de trabalhar para tornar melhor a vida daqueles que lutam para conseguir a cura, tendo uma melhor qualidade de vida.