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Música do Tiririca deu origem ao "Serra não mamãe"

O movimento não tem apoio financeiros do PT.

opovo.com.br

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Eleito o deputado federal mais votado do Brasil nas eleições de 2010, com mais de 1,3 milhão de votos, o palhaço Tiririca não só ajudou seu partido em São Paulo a eleger mais dois parlamentares. Também é dele o mote que, nesta reta final de campanha, transformou-se em um trocadilho pró-Dilma Rousseff (PT) aqui no Ceará, sua terra natal: o “Serra não mamãe”.

Em visita a Fortaleza, na última terça-feira, a petista viu de perto a popularidade da brincadeira, que também ganhou força na Internet.

A origem está nos versos da música Zezinho, lançada ainda nos anos 1990. É a história de um menino de sete anos de idade, ainda não batizado nem registrado, que dá seus palpites sobre por qual nome gostaria de ser chamado.

“Aos sete anos / Eu já sabia o que era bom / Minha mãe me chamou / E disse: Seu nome vai ser João / João não mamãe / João não mamãe / João não!

A associação do toque lúdico à campanha presidencial, iniciativa de um grupo de jornalistas cearenses, brinca com os versos da canção. “No início, a onda Serra não mamãe era mais um movimento em desfavor de Serra do que a favor de Dilma”, conta a jornalista Adriana Santiago, umas das primeiras incentivadoras. Hoje, diz ela, o movimento não tem dono. “Qualquer pessoa pode fazer o adesivo e distribuir”.

O movimento não tem apoio financeiros do PT, conta a jornalista. “Mas qualquer interessado, inclusive o partido, pode mandar fazer os adesivos e espalhá-los pela cidade”.

A ideia surgiu em um encontro casual em um bar. Amigas reunidas, logo surgiu um sentimento comum na mesa. Apesar de terem votado em diferentes candidatos, todas estavam convictas de que Serra não deveria ser eleito.

No Twitter

A expressão “Serra não mamãe”, cuja ideia surgiu no Twitter, tornou-se unanimidade no grupo, que logo conquistou apoio de outros amigos. Juntos, eles financiaram a impressão de 100 adesivos, distribuídos no mesmo bar onde se reuniram pela primeira vez. Isso, logo na primeira semana após o primeiro turno.

“Em seguida, fizemos mais 250 adesivos, depois fizemos mais mil e duzentos e os adesivos foram se espalhando pela cidade”, conta a jornalista Dalviane Pires, uma das responsáveis pela iniciativa da campanha.

(Pedro Aves – pedroalves@opovo.com.br)