Cesta mais cara no período foi encontrada em SP, ao custo de R$ 253,79.
O preço da cesta básica, em outubro, subiu em 16 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mantendo a tendência de alta verificada no mês anterior. O levantamento foi divulgado nesta quinta-feira (4).
O aumento foi superior a 5% em quatro cidades: Curitiba (5,78%), Goiânia (5,64%), Belo Horizonte (5,50%) e São Paulo (5,27%). Somente em Aracaju, a cesta básica ficou mais barata em outubro, na comparação com setembro (-0,67%). G1 informou incorretamente na Primeira Página que a alta superior a 5% foi registrada em 5 cidades, e não em 4. A reportagem estava correta desde o início.
Quanto ao maior custo da cesta básica em outubro, São Paulo apresentou o maior preço, R$ 253,79, ainda que não tenha registrado a maior variação. Em seguida, aparecem Porto Alegre, onde a cesta custava R$ 247,21 em outubro, e Curitiba, cujo preço era de R$ 231,96 no período. As cestas mais baratas puderam ser encontradas em Aracaju (R$ 172,04), João Pessoa (R$ 186,34) e Fortaleza (R$ 193,38).
No ano
No acumulado no ano, os preços acumulam aumentos em todas as capitais pesquisadas. Segundo o Dieese, as maiores variações foram verificadas em Goiânia (20,45%), Recife (14,10%), Salvador (12,03%), além de São Paulo (11,22%) e Curitiba (9,49%). Em 12 meses, somente Porto Alegre teve variação acumulada negativa, de -0,43%.
Alimentos mais caros
O feijão ficou mais caro em todas as regiões em outubro, com destaque para Fortaleza (38,12%), Belo Horizonte (37,12%), São Paulo (35,89%), Belém (32,32%) e João Pessoa (30,68%). O Dieese diz que a prolongada seca provocou o atraso no plantio da safra das águas e a falta de estoques do produto foram os causadores da alta dos preços.
Produto de maior peso no custo da cesta alimentar, o preço da carne aumentou em 16 capitais, principalmente em Florianópolis (8,05%), Rio de Janeiro (6,34%), São Paulo (4,56%) e Belém (4,53%). "O aumento da demanda externa e a seca reduziram o plantel do gado bovino, tendo como efeito a alta do produto", afirma a pesquisa, por meio de nota.
O óleo de soja ficou mais caro em 14 cidades em outubro, com as maiores taxas verificadas em Goiânia (6,33%), Curitiba (5,54%) e Natal (4,98%). O Dieese atribui o resultado aos estoques reduzidos e à quebra de safra pela seca em vários países provocaram o movimento de alta de preços.
O açúcar, que também tem forte peso na cesta, encareceu em 14 capitais. A alta foi puxada por Belo Horizonte (25%), Goiânia (17,45%) e Vitória (14,67%). Aumento nas exportações justificam as altas, segundo o levantamento.
O leite ficou mais caro em 12 capitais, como em Natal (5,56%), Rio de Janeiro (4,33%) e Belo Horizonte (2,07%, devido à seca das pastagens, e o preço do pão subiu em 11 capitais, com destaque para Goiânia (6,55%), Brasília (4,97%) e Natal (4,23%). O Dieese atribui a alta de preços ao fato de o Brasil não ser autosuficiente na produção de trigo.