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Dengue: Maceió em situação de alerta

Herbert Motta participa de lançamento de campanha.

Ascom Sesau

Ascom Sesau

Com o slogan “Dengue se você agir, podemos evitar”, o secretário de Estado da Saúde e vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Herbert Motta, participou nesta quinta-feira (11), em Brasília, do lançamento nacional da campanha de combate à dengue versão 2010/2011.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, informou que o objetivo da campanha é intensificar as ações para que o surto da doença seja reduzido, bem como os casos de óbitos que estão ocorrendo em todo o País.

De acordo com ele, o resultado parcial da pesquisa qualitativa realizada em setembro deste ano, 15 municípios brasileiros estão com risco de surto e 123 estão em situação de alerta. “A campanha enfoca exatamente a gravidade da dengue e a necessidade de envolvimento diário de governos e da população no combate ao mosquito”, destacou.

O levantamento aponta que neste ano 425 cidades estavam programadas para participar do LIRAa. Ano passado, foram 169. Do total de municípios previstos para este ano, 300 já enviaram as informações ao Ministério da Saúde, até o momento. Em outras 118 cidades, o estudo está em andamento – e sete inicialmente previstas decidiram não realizar o levantamento.

As informações sobre o levantamento demonstram a necessidade do governo federal, junto com os estados e municípios, enfocar a campanha de um novo modelo, principalmente, quanto às ações em casa, com os vizinhos e também as prefeituras.

A avaliação nacional sobre a infestação por larvas do Aedes aegypti (mosquito transmissor da dengue) revela que 15 municípios estão em risco de surto da doença no Brasil, incluindo duas capitais. São 11 no Nordeste, três no Norte e um no Sudeste.

“Isso significa que, nessas cidades, mais de 3,9% dos imóveis pesquisados apresentam larvas do Aedes aegypti. Outros 123 municípios, dos quais 11 capitais, estão em situação de alerta. Neles, entre 1% e 3,9% dos imóveis analisados registram infestação. E 162 cidades apresentam índice satisfatório, abaixo de 1%.

A divulgação do LIRAa 2010 é simultânea ao lançamento da Campanha Nacional de Combate à Dengue para reforçar o alerta que vem sendo feito pelo Ministério da Saúde desde setembro, quando foi lançada a ferramenta Risco Dengue . Este ano, a campanha aumentará o tom de alerta, com o testemunho de pessoas que teve dengue e lembrando as que morreram em decorrência da doença.

“Embora o grau de conhecimento das pessoas sobre a doença e a prevenção seja alto, em torno de 96%, o brasileiro sabe que tem papel fundamental na eliminação dos focos do mosquito, o que ainda é um desafio no Brasil. Prova disso é o resultado do LIRAa deste ano”, alertou o ministro José Gomes Temporão.

Nessa lógica, segundo ele, ganham força duas mensagens fundamentais: que os governos e os cidadãos devem fazer, juntos, sua parte e que a eliminação de criadouros deve ser algo rotineiro.

De acordo com o levantamento realizado, os 15 municípios com em risco de surto são: Afogados da Ingazeira-PE, Geará-Mirim-RN, Bezerros-PE, São Miguel-RN, Serra Talhada-PE, Rio Branco-AC, Ilheus-BA, Floresta-PE, Simões Filho-BA, Mossoró-RN, Porto Velho-RO, Caicó-RN, Camaragibe-PE, Caetanópolis-MG , Epitaciolândia-AC.

De acordo com os dados, entre as capitais, 11 estão em situação de alerta – Salvador, Palmas, Rio de Janeiro, Maceió, Recife, Goiânia, Aracaju, Manaus, Boa Vista, Fortaleza e Vitória. Segundo o ministro, essas cidades (e todas as outras em situação de alerta) merecem total atenção, pois qualquer descontinuidade nas ações de controle pode alterar o quadro para situação de risco.

Capacitação de profissionais contra a dengue – Herbert Motta afirmou que para diminuir a situação de alerta, a Sesau vem desde 2008 realizando capacitação, monitoramento e supervisão sistemática. “A cada 15 dias todos os municípios são supervisionados e isso, com certeza, vai reduzir esta situação”.

De acordo com a Superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Sandra Canuto, de 2008 até outubro de 2010 foram capacitados 1.200 médicos e enfermeiros e 1.002 servidores como agentes de endemias, técnicos de vigilância e supervisores.

“O que é necessário fazer, para revertermos esta situação, é o empenho contínuo e em parceria com os gestores municipais e isso já vem acontecendo. As ações que precisam ser enfocadas são, especificamente, destino adequado do lixo e o abastecimento contínuo de água”, destacou o secretário.

As outras capitais que apresentam índice satisfatório são: Macapá, São Luís, Teresina, João Pessoa, Brasília, Campo Grande, Porto Alegre, Florianópolis, Belo Horizonte e São Paulo. E quatro (Belém, Natal, Curitiba e Cuiabá) estão consolidando os dados.