Elas se recuperam no HGE.
Boa notícia. Parecia um dia comum de quinta-feira quando a dona de casa Clézia Mesquita, 25 anos, saiu de sua residência, no Benedito Bentes, com sua filha Kevylen, de um ano e dois meses. Ao deixar uma agência bancária no Farol e tentar atravessar a Av. Fernandes Lima, na manhã do último dia 9, mãe e filha foram atropeladas por um automóvel e arrastadas por mais de 300 metros.
Socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), elas foram encaminhadas ao Hospital Geral do Estado (HGE) e permanecem internadas apresentando melhora no estado clínico. Uma terceira vítima do acidente também foi encaminhada ao HGE, mas recebeu alta médica no mesmo dia.
“Fiquei consciente durante todo o tempo que fomos arrastadas embaixo do carro; eu só pensava em salvar minha filha e para isso eu não poderia soltá-la de jeito nenhum. Quando ouvi o choro da Kevylen, soube que ela estava viva e só pedia a Deus pelas nossas vidas ”, contou Clézia emocionada, lembrando da saudade que está sentindo das outras duas filhas que estão em casa com o pai.
Ela faz questão de agradecer diariamente a equipe multiprofissional do HGE pelo atendimento que está recebendo que, segundo ela, tem sido eficiente, humano e digno. “Primeiro eu agradeço a Deus por ter salvo nossas vidas, segundo a população que nos tirou debaixo do carro e chamou o Samu, que chegou rapidamente. Os médicos e a equipe de enfermagem têm cuidado tão bem de nós, por isso peço ao Senhor que abençoe a todos”, relatou.
De acordo com Viviane Ferro, médica do Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do HGE, Clézia sofreu fratura da tíbia, bacia e escoriações nas costas, couro cabeludo, ombro e braço. Ela recebeu assistência na área vermelha, foi submetida a procedimento cirúrgico e ficou internada na Ala D, tendo sido transferida para o CTQ, onde permanece em enfermaria próxima a de sua filha.
“Clézia está evoluindo bem ao tratamento, mas terá que continuar internada e ainda não temos previsão de alta. Nesta quinta-feira (23), ela deverá ser reavaliada pelo cirurgião plástico para verificar a necessidade de realização de enxerto de pele”, explicou.
Já a pequena Kevylen deu entrada no hospital com queimaduras de terceiro grau decorrentes das escoriações provocadas pelo contato com o asfalto quente. Ela foi submetida a uma série de exames e está aos cuidados da pediatria no CTQ. “A paciente está estável e deverá ser submetida a procedimento cirúrgico de enxerto”, informou a médica.
Acidentes – Conforme o Serviço de Arquivo Médico e Estatístico (Same), os atropelamentos são a terceira causa de acidentes de trânsito com vítimas encaminhadas ao HGE, ficando logo depois das colisões e dos acidentes com motocicleta.
De janeiro a novembro deste ano foram computados 1.499 pacientes que deram entrada no hospital em decorrência dos atropelamentos, representando 18,35% do total de atendimentos de acidentes de trânsito. Durante todo o ano de 2009, foram registrados 1.525 atendimentos de atropelamentos.