Informação é da Secretaria de Saúde.
Balanço positivo. Como resultado do trabalho integrado entre Estado e municípios, Alagoas fecha 2010 com redução nos casos notificados de Dengue. Isso porque, o Boletim Epidemiológico 50, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), revela que há quatro semanas Alagoas registra redução nos casos notificados. De acordo com os dados, na 46ª semana foram notificados 377 casos; na 47ª eles caíram para 292; 269 foram notificados na 48ª semana; 92 na 49ª semana e 48 na semana passada.
Essa queda, de acordo com o gerente do Núcleo de Controle de Agravos de Veiculação Hídrica, Charles Nunes, é reflexo das ações que a equipe técnica da Sesau tem realizado nos 102 municípios alagoanos. O objetivo do trabalho desenvolvido é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, responsável pela transmissão da doença, que já afetou 54.605 pessoas.
“Estamos intensificando as ações com os supervisores de campo, que percorrem as 13 microrregiões de saúde, já que estamos em um período propício para a proliferação do mosquito Aedes Aegypti. Neste trabalho, que é realizado semanalmente, eles acompanham as atividades dos agentes de endemias, gerenciam as informações e dão suporte nas atividades de campo”, relatou Charles Nunes, ao frisar que, nos últimos dias, foram ireforçada as ações em todo o Estado, seja por meio da busca ativa dos focos ou da ação do carro fumacê.
Reforço – Ainda de acordo com Charles Nunes, a redução do número de casos notificados de Dengue comprova a importância do trabalho dos supervisores de área da Sesau, pois não existem vacinas ou medicamentos que evitem a contaminação. “Por isso, o trabalho destes profissionais é importantíssimo no combate ao Aedes Aegypti, já que apenas um mosquito pode infectar em média 300 pessoas”, reiterou o coordenador.
“ Daí a importância das visitas técnicas realizadas pelos supervisores de área, que verificam os bloqueios de transmissão sanitários e o tratamento químico com carro fumacê”, ressaltou o gerente, destacando também as visitas domiciliares para eliminação de criadouros do mosquito, atrelada a conscientização da população sobre os cuidados para evitar à dengue. “É fundamental que os gestores municipais estejam sempre em alerta e viabilizem ações socioeducativas, porque a proliferação do mosquito transmissor da doença tem relação direta com a limpeza de terrenos baldios”, destaca Charles Nunes.
O gerente informou, ainda, que a forma mais simples de prevenir a dengue é evitar o nascimento do mosquito. Para isso, é preciso eliminar os lugares que eles escolhem para a reprodução e, por isso, se faz necessário não deixar a água limpa parada em qualquer tipo de recipiente.
“Em relação aos sintomas da doença, eles podem ocorrer com maior ou menor intensidade, mas, em regra geral, são febre aguda com duração de até sete dias, acompanhada de dor na cabeça, atrás dos olhos, nos músculos, nas juntas, prostração e vermelhidão no corpo. Se a pessoa apresentar esses sintomas deve procurar a consulta médica e não ingerir, indiscriminadamente, remédios à base de ácido acetil salicílico”, alertou.