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Sem medo de chutar, Anderson faz duelo da guarda baixa contra bad boy americano

Totalmente recuperado, Anderson diz não ter receio e o público poderá ver se ele terá coragem de chutar normalmente neste sábado, no confronto diante do polêmico americano Nick Diaz, em Las Vegas, pelo UFC 183.

Josh Hedges/Getty Images

Josh Hedges/Getty Images

De forma trágica, a noite de 28 de dezembro de 2013 está marcada para sempre no mundo das lutas. As fortes imagens da fratura assustadora na perna esquerda de Anderson Silva, após chute no americano Chris Weidman, chocaram o mundo e tiraram o ex-campeão dos médios dos octógonos por mais de um ano.
Totalmente recuperado, Anderson diz não ter receio e o público poderá ver se ele terá coragem de chutar normalmente neste sábado, no confronto diante do polêmico americano Nick Diaz, em Las Vegas, pelo UFC 183.

"Quando eu quebrei a perna, nos primeiros momentos ali da dor e tal, eu fiquei preocupado. Mas, depois, logo em seguida, falei: ‘Não, eu vou voltar’. E agora eu quero chutar mais ainda", disse Anderson Silva. "O camp todo eu fiquei super tranquilo com relação à perna. A galera até pedia para eu dar uma aliviada, porque de tanto que eu não chutava, eu comecei a chutar demais com a perna. A galera falava: ‘Cara, você tem outras coisas para usar, não precisa ficar chutando’. E eu dizia: ‘Não, mas está legal! Estou conseguindo chutar bem’. Mas, está tudo certo, tudo bem graças a Deus", garantiu Spider.
O chute frustrado em Weidman rendeu a Anderson fraturas na tíbia e fíbula da perna esquerda. Horas depois, o lutador já estava na mesa de cirurgia. No procedimento, foi implantada uma haste de titânio na tíbia, o que segundo os médicos não alterará a força do chute do ex-campeão.
Duelo da guarda baixa, que promete ser um show
Se o público queria um show no retorno de Anderson Silva, o UFC fez sua parte para isso. Escolheu o polêmico Nick Diaz, que entre drogas, dopings e confusões, tem um estilo de luta bem aberto. Os dois privilegiam a luta em pé. Anderson é mais completo, por saber usar bem os chutes, o que Diaz dificilmente busca.
O americano tem fama de queixo duro. Sofreu apenas um nocaute na carreira, para Robbie Lawler em 2004, mas não se protege tão bem. Luta com a guarda baixa, também gosta de provocar, e apesar de especialista no boxe, não tem a mão tão pesada quanto o brasileiro.
A favor de Anderson pesam o tamanho e a envergadura. Além disso, é mais pesado do que o americano – atleta dos meio-médios (até 77kg) – em condições normais, o que facilita a sua recuperação de peso depois da perda para pesagem.

Para vencer Diaz e voltar em grande estilo, Anderson dificilmente vá fugir às suas características. Provocações e brincadeiras não devem faltar e o brasileiro pode usar o contra-ataque para castigar o americano. O que se pode esperar para o duelo deste sábado é um show para o público que comparecer à Arena MGM, em Las Vegas, e para os fãs de MMA ao redor do mundo. As chances de nocaute são grandes.

O UFC 183 terá transmissão ao vivo do Combate a partir de 21h30 (de Brasília). A Rede Globo transmitirá o evento após o programa "Altas Horas", com um atraso mínimo de 30 minutos, por força de contrato com o Ultimate.

UFC 183

Card principal
Peso-médio: Anderson Silva x Nick Diaz
Peso-meio-médio: Tyron Woodley x Kelvin Gastelum
Peso-leve: Joe Lauzon x Al Iaquinta
Peso-médio: Thales Leites x Tim Boetsch
Peso-meio-médio: Jordan Mein x Thiago Alves

Card preliminar
Peso-galo: Miesha Tate x Sara McMann
Peso-médio: Ed Herman x Derek Brunson
Peso-mosca: Ian McCall x John Lineker
Peso-médio: Rafael Sapo x Tom Watson
Peso-pena: Diego Brandão x Jimy Hettes
Peso-médio: Rick Monstro x Ildemar Marajó
Peso-médio: Thiago Marreta x Andy Enz