Juiz Braga Neto defende modernização dos presídios alagoanos
O superintendente geral de Administração Penitenciária, tenente-coronel, Carlos Luna, recebeu nesta quarta-feira, 27, no complexo prisional, o novo titular da Vara da 16ª de Execuções Penais, o juiz Jose Braga Neto. “Contar com um juiz de Execuções Penais em caráter permanente, após o posto ser ocupado algumas vezes de forma transitória, é um fato muito positivo para o sistema penitenciário”, comemorou Carlos Luna.
Antes de visitar as instalações do complexo penitenciário Braga Neto se reuniu com diretores e gerentes de unidades da Superintendência Geral de Administração Penitenciária (SGAP). Carlos Luna fez uma rápida apresentação elencando as dificuldades diárias encontradas para administrar o sistema, destacando o empenho e a dedicação pessoal de toda a equipe.
“O sistema penitenciário parou no tempo, precisamos recuperar esse tempo perdido. Esperamos que a gestão do juiz Braga Neto seja marcada por mudanças nos presídios alagoanos”, afirmou o superintendente.
José Braga Neto disse conhecer os problemas, em especial da baixa remuneração dos servidores e das precárias condições de trabalho. “É do conhecimento de todos que o salário do agente penitenciário é muito baixo. Temos que dedicar uma atenção especial ao servidor”.
“Precisamos também lembrar que o reeducando é a razão maior de nossa presença aqui. O juiz da Execuções Penais é obrigado a comparecer aos presídios pelo menos uma vez por mês, pretendo ser muito mais freqüente que isso”, prometeu o Braga Neto.
“Temos que estreitar ainda mais a relação da Vara de Execuções penais com a administração das unidades penitenciárias. É preciso comunicar oficialmente a 16ª Vara as indisciplinas dos presos, as movimentações dos internos entre as unidades e as saídas dos presos para foram do complexo penitenciário – menos, é claro, aquelas previstas na legislação que precisam apenas da autorização do gerente geral da unidade”, advertiu o juiz.
No final Braga Neto e Carlos Luna visitaram os trabalhos de reforma do antigo presídio Rubens Quintela. A inauguração da unidade – que vai abrigar reeducandos que trabalham nas oficinas de laborterapia – dará início a uma experiência baseada na disciplina e numa relação de respeito entre servidores e reeducandos.