A previsão é de que o volume de chuvas seja maior que a registrada em 2010.
As vítimas da enxurrada que atingiu vários municípios alagoanos nos vales do Mundaú e Paraíba correm risco de novamente serem ‘despejados’, desta vez dos abrigos provisórios, caso as prefeituras não tomem providências urgentes para enfrentar o inverno deste ano. A previsão é de que o volume de chuvas seja maior que a registrada em 2010.
Preocupados com a grave situação, a Defesa Civil Estadual – junto com a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) – alertam as prefeituras para a necessidade de medidas urgentes para enfrentamento do inverno e ainda a instalação de fato das Coordenadorias Municipais de Defesa Civil (Comdec).
Atualmente, cerca de 90 municípios têm Comdecs instaladas oficialmente, só que destes, apenas seis estariam efetivamente trabalhando dentro da sua finalidade. De acordo com o tenente-coronel Gilson Romeiro, secretário executivo da Defesa Civil de Alagoas, o Estado tem hoje grandes ferramentas de previsão de chuvas e enchentes, mas é preciso que os órgãos municipais funcionem. “Temos o radar meteorológico da Ufal e a Sala de Situação que hoje nos dão precisão nas previsões, mas se as Comdecs não funcionarem esse trabalho desenvolvido não surtirá o efeito desejado”, explicou.
Na prática, o trabalho conjunto deve funcionar seguindo a seguinte ordem: a Defesa Civil recebe o alerta de chuvas, emite para as Comdecs que, por sua vez, devem colocar em prática os planos de ações para desastres. Estas medidas visam evitar o risco de morte de pessoas.
Para tentar acelerar o funcionamento efetivo das Comdecs, o Governo do Estado está nomeando um oficial do Corpo de Bombeiros Militar para monitorar e orientar o trabalho das Comdecs. Cada oficial será responsável por uma regional.
“Estamos em um período crítico, onde a previsão é de um volume de chuva maior que a registrada no ano passado. Estamos nos reunindo para traçar um plano de prevenção para o inverno. Caso nada seja feito agora, os desabrigados do ano passado vão novamente serem desabrigados, desta vez das barracas provisórias”, declarou o tenente-coronel Romeiro.