Segundo informou a superintendente estadual de Vigilância à Saúde, Sandra Canuto, cada kit contém 32 itens
Dois caminhões carregados com kits de medicamentos seguiram na manhã desta terça-feira (10) para distribuição nos dez municípios atingidos pelas chuvas que estão em situação de emergência. Os veículos partiram da sede do Lifal (Laboratório Industrial Farmacêutico de Alagoas), localizado no Distrito Industrial, às 7h, sendo um com destino a Colônia Leopoldina, Novo Lino, Jundiá, Campestre e Jacuípe, enquanto outro seguiu em direção a Paripueira, São Luis de Quitunde, São Miguel dos Milagres, Porto de Pedras e Japaratinga.
Segundo informou a superintendente estadual de Vigilância à Saúde, Sandra Canuto, cada kit contém 32 itens de medicamentos para tratamento de verminoses, doenças de pele, hipertensão, diabetes, diarréia, desidratação, vômito, além de antibióticos para infecções diversas; soro oral, venoso e 20 correlatos, a exemplo de material para curativos, administração de medicamentos, proteção individual e outros. De acordo com Sandra Canuto, a quantidade de medicamentos enviada pela Sesau é suficiente para uma semana. “Após este período será feita supervisão nos municípios para avaliar a necessidade de se enviar mais medicamentos”, afirmou.
Nas localidades onde houver pessoas vítimas de picadas por animais peçonhentos, a orientação da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) é que sejam encaminhadas para o Hospital Helvio Auto, em Maceió, que dispõe dos soros antiofídico e antiescorpiônico. Além da assistência farmacêutica, técnicos da Sesau se reuniram ontem, em Maceió, com secretários de saúde das localidades afetadas para avaliar as ações desenvolvidas até o momento e definição de novas estratégias.
Durante o encontro, o superintendente estadual de Atenção à Saúde, Vanilo Soares, alertou para a necessidade de se garantir os serviços de atenção básica, sobretudo, nos locais onde estão os desabrigados e desalojados, no sentido de evitar o surgimento de doenças respiratórias e de veiculação hídrica, entre elas as diarréias, que são as que mais acometem as populações atingidas. “A gente pode, de forma organizada, reestruturar para melhor atender a essas populações”, afirmou.
“É preciso que as equipes de saúde dos municípios coloquem os abrigos nas ações de rotina de trabalho. Ter atenção especial para a saúde mental e fazer ações integradas com outros órgãos que tratem da limpeza, educação, assistência entre outros serviços”, reforçou a diretora de Atenção Básica, Myrna Pimentel Villas-Bôas, lembrando que a gestão do município deve estar presente. Para isso é importante que os prefeitos reúnam todos seus secretários para que se engajem nas ações.
Ações – Ainda com relação às ações desenvolvidas pela Sesau, houve distribuição de hopoclorito, intensificação do monitoramento da qualidade da água e da vigilância epidemiológica das doenças respiratórias e transmitidas por água e alimentos; disponibilizou kits de medicamentos básicos e instituiu a notificação imediata ao CIEVS (Centro de Informações Estratégicas de Vigilância à Saúde) para agravos de transmissão, hídrica, respiratória e por vetores.
Segundo a superintendente de Vigilância à Saúde da Sesau, Sandra Canuto, é necessário montar um plano de preparação e resposta do Sistema Único de Saúde (SUS) frente aos desastres naturais associados a inundações. Ou seja, um conjunto de ações orientadas para facilitar o planejamento e organização de respostas que servirá para melhorar a capacidade do município de enfrentar os prováveis efeitos que os desastres podem causar. Nesse sentido, a equipe da Suvisa garantiu dar apoio técnico para a elaboração do plano municipal. Ficou definida uma reunião na próxima sexta-feira (13), às 9hs, na Sesau, com os secretários de saúde dos municípios atingidos e técnicos dos municípios.
Prevenção – No âmbito de proteção para a população, a equipe técnica da Suvisa propôs aos municípios a realização de obras de contenção de enchentes, mudança no uso e ocupação do solo, não permitir construção de casas em áreas ribeirinhas; limpeza constante dos rios e córregos e melhoria da drenagem urbana.