O projeto Samu nas Escolas se baseia nas orientações do Ministério da Saúde
Aula de cidadania. Numa tentativa diminuir o número de trotes o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), está realizando palestras para alunos e professores de escolas públicas e privadas. Durante os encontros, profissionais do Samu apresentam o funcionamento do serviço e sua importância para a população. Na sexta-feira (13) foi a vez da Escola Vitorino da Rocha (no Cepa), bairro do Farol, reunindo estudantes e mestres da 5ª e 6ª série.
A iniciativa da Secretaria Estadual de Saúde por meio do Samu faz parte do projeto Samu nas Escolas, que tem o objetivo de conscientizar alunos, pais e professores por meio de atividades educativas sobre o Samu e a utilização correta do 192. Na ocasião, também foram discutidas noções básicas sobre primeiros socorros. Dados apontam que em cada 10 ligações recebidas pelo Samu oito são trotes. Em sua maioria, crianças e adolescentes são os responsáveis pelas ligações.
"É uma aula de cidadania, respeito e responsabilidade. O projeto reúne profissionais que demonstram sua preocupação, zelo pela instituição e principalmente pelos que precisam do Samu e muitas vezes são prejudicados em decorrência dos trotes. Esse trabalho de conscientização vai continuar", ressaltou o secretário estadual de Saúde, Alexandre Toledo.
O projeto Samu nas Escolas se baseia nas orientações do Ministério da Saúde (MS) e visa desenvolver um processo educativo com a população, considerando a escola como um local privilegiado de formação e informação. “Essa ação objetiva também minimizar os prejuízos decorrentes das chamadas desnecessárias e indevidas, como também dos trotes que atingem cerca de 85% das chamadas recebidas”, destacou o gerente-geral do Samu, Iracildo Camelo Junior.
As palestras têm também o objetivo de conscientizar, principalmente os alunos e professores sobre como proceder nos acidentes que ocorrem no colégio. Para isso foi apresentado um material sobre primeiros socorros, enfocando quedas, fraturas, cortes, choque elétrico, engasgos, entre outras ocorrências que precisam de atendimento de emergência.
A diretora pedagógica da escola, Tânia Maria Duarte Rosa declarou que a palestra foi muito interessante porque vai conscientizar as crianças e adolescentes sobre a importância do Samu. “Não sabia como proceder num acidente de aluno por causa de uma queda; agora eu sei e isso será repassado para os demais professores que não puderam participar da palestra”, comentou Tânia.
Trotes – O Samu recebe cerca de 60 mil ligações telefônicas por mês, uma média de 2 mil por dia. Desse total, cerca de 85% são de trotes e ligações indevidas. O serviço funciona 24 horas com equipes de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de regulação médica.
No final da apresentação os alunos conheceram a ambulância e fizeram várias perguntas sobre o funcionamento dos equipamentos. Os palestrantes foram a enfermeira Ângela Goretti Santo Costa e a assistente social Ana Lucia Soares Tojal.