Segundo ele, o sindicato dos servidores continuará reivindicando a solução dos problemas do Fórum da Capital junto ao Tribunal de Justiça
O presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Alagoas (SERJAL), Ednor Gonzaga Júnior, parabenizou a Associação dos Magistrados Alagoas (Almagis) por juntar sua voz à dos trabalhadores para denunciar e cobrar do Tribunal de Justiça a solução dos problemas na estrutura do prédio do Fórum de Maceió. O SERJAL, relembra Ednor, fez essa cobrança menos de um mês após a reforma daquela unidade, realizada em 2010, mostrando que após 40 dias da reinauguração o prédio voltou a apresentar deficiências como infiltrações nas paredes, buracos no forro, provocados por vazamentos no sistema de refrigeração, e poças de água dentro das Varas.
O não funcionamento dos aparelhos de ar-condicionado é outro problema que afeta a atividade judicial, provocando insatisfação tantos de servidores e magistrados quanto da população que vai em busca da Justiça. “A situação continua caótica. Os problemas que detectamos logo após a reinauguração se agravaram. Tanto que agora a própria entidade que representa os juízes vem a público reclamar do que nós, servidores, reclamamos há muito tempo” – afirma o presidente do SERJAL. Ele lembra que à época pediu providências ao superintendente do Fórum juiz, Roldão Oliveira Neto, e ao presidente do Funjuris, juiz Nélson Tenório.
O prédio do Fórum de Maceió foi reaberto em julho do ano passado, apresentando uma estrutura aparentemente firme e prometendo resolver também os problemas de falta de espaço. Após dez meses da reinauguração, antigos defeitos voltaram e outros mais graves surgiram. No mês de setembro de 2010, passados apenas 40 dias da reabertura, foi necessário um encaminhamento mais enfático da diretoria do SERJAL, que organizou uma paralisação emergencial dos trabalhos diários no Fórum, até que o equipamento de ar condicionado, que estava a sete dias sem funcionar, fosse consertado. A paralisação decidida pela categoria teve como objetivo cobrar do Tribunal de Justiça as providências necessárias.
Luta antiga
A luta do SERJAL tendo como pauta o Fórum já vem de muito tempo. Primeiramente, se deu em razão da morosidade na inauguração, que se arrastou por dois anos. Logo depois da entrega do prédio, em julho de 2010, o SERJAL solicitou, com conhecimento da então presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Elizabeth Carvalho, uma vistoria técnica ao Corpo de Bombeiros para averiguar as condições ambientais e assegurar a volta dos serventuários ao trabalho. O órgão respondeu como positiva a vistoria, e então solicitamos à desembargadora-presidente a prorrogação do prazo que suspendia os serviços forenses, para que mudança tão complexa pudesse ocorrer sem sobressaltos.
O teto se deteriorando em razão de vazamentos, sendo que em alguns lugares houve a necessidade de retirar a parte apodrecida com um objeto cortante, é um dos tantos novos problemas do Fórum, que juntamente com a ausência de janelas para a ventilação natural em caso de emergência, são os principais motivos de doenças respiratórias dos trabalhadores. Os banheiros também começaram a apresentar problemas de vazamento e a falta de espaço nas varas destoa da amplidão do átrio principal do Fórum, que expõe uma estrutura faraônica.
Na última quarta-feira, 18, a Associação dos Magistrados – ALMAGIS, entrou em contato com a imprensa para denunciar a situação do Fórum, que mais uma vez estava com o sistema de ar condicionado sem funcionar, afirmando que já havia cobrado do presidente do Tribunal de Justiça, Sebastião Costa Filho, o conserto do equipamento e de outras mazelas do local, além de reivindicar sobre o gasto de R$ 6 milhões numa obra ineficaz.
“O ar condicionado já foi consertado e a solicitação da Associação foi louvável e justa. Porém, essa conquista seguiu a linha do ditado ‘água mole, pedra dura, tanto bate, até que fura’, pois como os registros nos órgãos de imprensa mostram, o SERJAL já há muito tempo registrou e denunciou os problemas do Fórum, que com exceção do ar condicionado, mais simples de resolver, continuam sem solução”- afirma Ednor Júnior.
Segundo ele, o sindicato dos servidores continuará reivindicando a solução dos problemas do Fórum da Capital junto ao Tribunal de Justiça, cobrando do desembargador Sebastião Costa Filho a infraestrutura que garanta condições dignas de trabalho aos funcionários, bem como o mínimo de conforto à população.