Crime aconteceu na madrugada deste sábado, em Taguatinga.
Um adolescente de 18 anos morreu com um tiro na cabeça na madrugada deste sábado (21) em uma boate em Taguatinga (DF). Outra vítima, um rapaz de 22 anos, ficou ferida com um tiro na perna esquerda. Até a última atualização desta reportagem, a polícia ainda não tinha pistas do autor dos disparos.
Segundo o delegado José Carlos Brito Medeiros, chefe da 21ª Delegacia de Polícia, Reginaldo Pereira da Silva foi vítima de um disparo por volta de 0h20, quando, de acordo com o policial, havia cerca de mil pessoas na boate.
Outra vítima, Gustavo Emanuel de Oliveira Morais, 22, levou um tiro na coxa esquerda e foi encaminhado ao Hospital Regional de Taguatinga.
Segundo o delegado, um acerto de contas pode ter motivado os disparos. "O tiroteio aconteceu no mezanino da boate, quando muitos tiros, provavelmente de uma arma 380, foram disparados. Se fosse no salão principal do local, a tragédia teria sido bem maior", disse Medeiros.
De acordo com o policial, que esteve no local por volta da 1h, estava muito escuro e o uso de gelo seco atrapalhava a visibilidade. "O consumo de bebida alcoólica também atrapalhou as testemunhas no reconhecimento", afirmou Medeiros.
Segundo o delegado-chefe, o autor deve ter fugido quando a confusão motivada pelos tiros foi formada. "Com o corre-corre, os seguranças abriram as portas e muita gente saiu. Só depois, o lugar foi fechado e as pessoas revistadas", disse o delegado.
O delegado-chefe ainda afirmou que os organizadores da festa e a empresa de segurança podem ser responsabilizados criminalmente pelo ocorrido. "Havia apenas 12 seguranças para quase mil pessoas, o que é muito pouco. Seria preciso, no mínimo, de 50", explica.
Segundo ele, o alvará para festa falava em um público máximo de 350 pessoas. "Dá para pensar até em um dolo eventual, quando a pessoa assume o risco de uma tragédia como essa acontecer. Mas é certo que um crime culposo [quando não há intenção] se enquandra no caso, declarou.