Vereadora fala das dificuldades para recuperação do teto da Câmara.
Após parte do teto do plenário ter cedido e a água das chuvas terem caído sobre a Mesa Diretora da Casa de Mário Guimarães, a sessão foi suspensa na manhã de hoje, dia 24, e o presidente Galba Novaes (PRB), a pedido do primeiro-secretário Sílvio Camelo (PV), determinou que as atividades na Casa só retornassem na quinta-feira da próxima semana, para que seja feita uma avaliação.
O problema é que, na presidência do ex-vereador e atual deputado estadual Dudu Holanda (PMN), foram gastos R$ 300 mil para reformar o prédio-sede da Casa de Mário Guimarães, que hoje convive com alguns problemas, em relação ao teto da Câmara, que apresenta infiltrações e ao cabeamento da rede lógica.
O detalhe é que os problemas em relação à parte externa do teto danificam a parte interna do plenário, onde foi gasto recursos volumosos com materiais específicos para acústica, iluminação e transmissão das sessões ao vivo. Galba Novaes foi indagado se os gastos da reforma passada não poderiam ter resolvido de uma vez por todas estes problemas, já que a Câmara Municipal passou vários meses fechada.
Ele respondeu: “não posso falar sobre a aplicação do recurso. Vocês estão perguntando à pessoa errada. Esta pergunta não pode ser feita a mim”, dando a entender que a responsabilidade de esclarecer estes questionamentos é da antiga Mesa Diretora. Galba Novaes apenas ressaltou o compromisso fechado com a Prefeitura Municipal de Maceió – no valor de R$ 4 milhões previstos no orçamento – para a construção de um prédio sede no Tabuleiro do Martins.
Em entrevista ao Alagoas24Horas, a vereadora Silvânia Barbosa (PTdoB), que era primeira-secretária na gestão de Holanda, frisou que todo o dinheiro destinado à reforma “foi empregado na própria reforma”. Ela ainda fez considerações sobre os problemas ainda enfrentados pelo Legislativo municipal, no que diz respeito a sua estrutura física.
“Temos um prédio antigo, com alguns comprometimentos. Em relação ao teto, há infiltrações e nós não pudemos resolver na reforma, porque não há como colocar andaimes no local, pois não houve a permissão por parte dos prédios vizinhos, mesmo com a Câmara Municipal assumindo o compromisso de ressarci-los, caso houvesse danos para eles”, colocou.
Silvânia Barbosa coloca que foi feita apenas a revisão da algeroz. “Mas, há uma dificuldade de recuperar o teto como um todo, até porque precisaríamos deste entendimento dos nossos vizinhos e um deles trabalha com alimentação e entendemos que ele não ia querer os andaimes”, frisou. Com isto, além da infiltração o teto acumula folhas, água de chuva, o que faz com que ceda no plenário. Até pombos mortos ficam presos nas calhas. “A água que caiu hoje no plenário já devia estar empossada, não há relação com as chuvas que caíram no Centro, acredito eu”, salientou a vereadora.
Algumas das placas do plenário já se encontram danificadas. Conforme Silvânia Barbosa, é possível inclusive que seja feita uma nova troca, resultando em mais custos, para refazer um serviço já feito em reforma. A vereadora – entretanto – frisa que dos R$ 300 mil que foram disponibilizados em um convênio com o Banco do Brasil para a reforma do prédio sede, cada centavo foi empregado em uma reforma, que dotou a Câmara Municipal, por exemplo, de um elevador.