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Braskem: Sindpetro denuncia terceirização maciça

Segundo o sindicalista, na década de 80, a indústria contava com 20% dos trabalhadores terceirizados em seu quadro. Atualmente, este percentual teria atingido 80% do quadro funcional da empresa.

Alagoas24Horas

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O presidente do Sindicato Unificado dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos e Químicos de Alagoas (Sindpetro/AL), Antonio Freitas da Silva, disse em protesto realizado na manhã desta quinta-feira, dia 27, que os dois principais problemas enfrentados pela Braskem dizem respeito à falta de investimento em segurança e à terceirização maciça dos trabalhadores.

Segundo o sindicalista, na década de 80, a indústria contava com 20% dos trabalhadores terceirizados em seu quadro. Atualmente, este percentual teria atingido 80% do quadro funcional da empresa, inclusive em setores de manutenção. Devido ao quadro, o sindicato exige a contratação de pessoal qualificado em detrimento dos terceirizados.

O protesto de hoje, que aconteceu na porta da Braskem, localizada no Pontal da Barra, segundo os sindicalistas, se deu em solidariedade aos moradores e trabalhadores feridos durante a explosão seguida de vazamento na planta de cloro-soda da Braskem ocorrido sábado (21) e na segunda-feira (23).

Freitas disse que há diálogos informais entre a entidade e a direção da empresa no sentido de garantir mais segurança na operação da indústria. Questionado sobre as possíveis causas dos acidentes, Freitas disse que o sindicato foi informado pela Braskem que o laudo ainda não foi finalizado, mas que deverá ser analisado pelo sindicato.

Após o protesto, os sindicalistas seguiram para a Procuradoria Regional do Trabalho, onde deverão formalizar as denúncias apresentadas durante o protesto. Ainda segundo o sindicato, dos cinco operários internados após o acidente da última segunda-feira, dia 23, dois seguem internados na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) de um hospital particular de Maceió.