A ida do prefeito de Maceió, Cícero Almeida (PP), a Brasília, em contato com o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, também tem um significado eleitoral.
A ida do prefeito de Maceió, Cícero Almeida (PP), a Brasília, em contato com o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, também tem um significado eleitoral. Almeida é cotado para ser vice de Renan em 2014. O senador deve mesmo ser candidato ao Governo.
Apesar das conversas entre o senador Fernando Collor (PTB) e o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB)- ambos almoçaram juntos – a escolha de Collor é tentar manter o acordo fechado nas eleições do ano passado: o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT)- derrotado nas eleições de 2010- sai candidato a prefeito em 2012. Com apoio de Renan e Collor.
Acreditam os dois senadores que Lessa é praticamente imbatível no próximo ano. Os candidatos do Palácio República dos Palmares- os deputados Rui Palmeira (PSDB), Jeferson Morais (DEM), Givaldo Carimbão (PSB)- não teriam gordura eleitoral para enfrentar Collor, Renan e Lessa juntos.
Essa é a opinião dos três. Vilela pensa bem diferente.
Se ganhar a eleição para a Prefeitura da capital, Lessa asfalta o caminho para Renan ser candidato ao Governo. E garantir a reeleição de Collor ao Senado.
Ligados ao senador Renan Calheiros acreditam que ele mesmo é imbatível em 2014. “Quem o Téo lançaria ao Governo? O vice, José Thomaz Nonô (DEM)? Ou o senador Benedito de Lira (PP)?”, é o que perguntam alguns calheiristas.
E a viagem de Cícero Almeida a Brasília, direto ao gabinete de Renan, tem o significado da indicação do vice: escanteado pelo Palácio República dos Palmares- por não transferir votos- Almeida pode ser, ele mesmo, o vice de Renan. Ou indicar a vaga. Neste caso, o secretário municipal de Infraestrutura, Mozart Amaral, ou ainda o presidente da Câmara, Galba Novaes (PRB)- mais ligado a Collor, mas que também contempla Almeida.
E o almoço entre Vilela e Téo? “Só blá, blá, blá. Na política, pesa quem leva”, disse um calheirista.