Enquanto nada mudar no meio pericial, os profissionais farão assembleias para discutir o que poderá ser deliberado.
Os peritos oficiais de Alagoas decidiram que, após a sessão extraordinária com representações da perícia de vários estados, bem como da Associação Brasileira de Criminalística (ABC), e de reuniões com o presidente do Conselho Estadual de Segurança, Delson Lyra, com o secretário-adjunto de Defesa Social, delegado José Edson, e também com o promotor Luiz Vasconcelos, coordenador do Gecoc, aguardarão o posicionamento do Governo do Estado. Porém, uma comissão já está com viagem programada à Brasília, na semana que vem, onde levarão com apoio da categoria, a nível nacional, seus anseios ao Congresso Nacional e ao Ministério da Justiça.
Enquanto nada mudar no meio pericial, os profissionais farão assembleias para discutir o que poderá ser deliberado. Nesta terça, os peritos locais e os visitantes –dos estados da Bahia, Distrito Federal, Maranhão, Paraíba, Minas Gerais, Santa Catarina, Goiás- tentaram conversar com o coronel Roberto Liberato, diretor da Perícia Oficial, mas até as 10h ele não havia chegado.
“Para nós, a perícia está no piloto automático, não tem comandante. Exigimos respeito à categoria e iremos, dentro da lei, às últimas conseqüências”, disse Suely Maurício, perita alagoana.
O secretário José Edson assegurou que seria o interlocutor junto ao secretário Dário César e anotou todas as reivindicações dos peritos, sendo a mais importante a exoneração do coronel Liberato.
“Recebi a categoria porque sabia que era possível o diálogo, o que não ocorre com outros grupos. Garanto aos senhores que sei da importância do perito e reconhecemos, inclusive, o trabalho da Ana Márcia que conseguiu em sua gestão a aprovação de um projeto de quatro milhões para a construção do IML e é com essa verba que deixaremos de ser o pior para sermos o melhor do Brasil”, ressalta o secretário.
Os peritos deixam claro que não há repúdio à pessoa do coronel, mas ao lugar que ocupa no momento e que causou constrangimento e desestímulo para atuar. Durante o encontro no MP, o perito Cantuária disse ter recebido um telefonema informando que o secretário Dário César havia afirmado ‘ser uma questão de honra a permanência do coronel’, porém, sua assessoria, por meio do tenente-coronel Maxwel Santos, garantiu que nada procedia.