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Eletrobras tenta conciliação de R$ 200 milhões em Alagoas

Este é um dos fatores que impacta, diretamente, na melhoria da prestação de serviços: com investimentos na própria rede, por exemplo.

Beto Macário/Eletrobras

Beto Macário/Eletrobras

A Eletrobras Distribuição Alagoas e concessionárias prestadoras de serviços de água, telefone e telecomunicações estiveram reunidas, nesta quarta-feira (15), atendendo à convocação do Presidente do Tribunal de Justiça (TJ), Sebastião Costa Filho, para iniciar um mutirão, na tentativa de reduzir a demanda decorrente de reclamações de consumidores.

A iniciativa parte do próprio desembargador com base na resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nº 125/2010 que visa priorizar a Conciliação nos Processos, a fim de reduzir as demandas dos Tribunais que causam a morosidade na tramitação e julgamento dos processos. “Muitas vezes, esse processo é lento e desgastante. E que pode ser resolvida, facilmente, através de uma reconciliação”, fundamenta.

Para isso, a Distribuidora e as demais concessionárias se comprometeram em enviar, nos próximos 15 dias, uma listagem dos processos nos quais exista o interesse em fazer uma conciliação. “Certamente, este é um momento histórico para o Judiciário, pois, o grande papel deste Poder não está em julgar ou proferir sentenças. Está no papel de pacificador” explica o juiz Domingos de Araújo Lima Neto, coordenador da Justiça Itinerante.

A assistente do Diretor Comercial, Luzanira Benevides, está satisfeita com a nova oportunidade. “Há 10 dias tivemos uma reunião conjunta com o desembargador-presidente, Sebastião Costa Filho, para tratar da inadimplência do Poder Público Municipal de Alagoas. Esta é mais uma oportunidade que o Judiciário está nos dando para negociar com todos os nossos consumidores. Principalmente para uma empresa que tem uma inadimplência de aproximadamente R$ 200 milhões, proveniente de clientes que não pagam ou, simplesmente, daqueles que somos obrigados a manter o fornecimento de energia elétrica por força de liminares. São recursos que poderiam ser investidos em melhorias na rede e no serviço para o próprio consumidor”, adianta.

Este é um dos fatores que impacta, diretamente, na melhoria da prestação de serviços: com investimentos na própria rede, por exemplo. De acordo com o gerente do Departamento Comercial, Edson Lima, não há outro jeito para a empresa além de seguir este caminho. “A Aneel está cada vez mais incisiva em suas diretrizes, quando o assunto é a distribuição de energia elétrica”, relembra.

Estavam presentes na reunião a juíza Fátima Pirauá, da Central de Conciliação, o juiz Domingos de Araújo Lima Neto, da Justiça Itinerante, a juíza Ana Florinda, da Vara da Família, e o desembargador Pedro Augusto Mendonça de Araújo, da Comissão de Juizados Especiais.