Os manifestantes reclamam da falta de segurança na cidade.
Cerca de duas mil pessoas participaram da passeata da paz, justiça e segurança, nesta segunda-feira (20), organizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Coruripe, no intuito de chamar a atenção do poder público sobre o aumento no número dos crimes praticados na cidade. O prefeito Marx Beltrão, vereadores e secretários municipais acompanharam o evento.
A CDL afirma que o evento que reuniu servidores do município, a populção e representantes de entidades, é uma forma de protestar contra a onda de violência que atinge toda a sociedade. Durante o percursos os participantes gritaram palavras de ordem e discursaram sobre o problema da insegurança.
Os manifestantes lembraram os casos de recentes de violência contra moradores da cidade. A exemplo do jovem Anderson Amaro da Silva, 20 anos, morto a tiros no dia 12 de junho quando voltava para sua residência acompanhado do tio e uma prima. Dois homens armados anunciaram o assalto e no momento em que o jovem retirava o aparelho celular do bolso para entregar aos assaltantes, foi alvejado.
Na última segunda-feira, 13, quatro homens armados invadiram uma loja no Centro da cidade, renderam proprietária, quatro funcionários e uma cliente, e levaram roupas, pratas, e outros itens da loja. Além disso, estão sendo cobradas providências acerca dos sequestros de adolescentes, como o que terminou com a morte das irmãs Beatriz e Samara, que chocou a população alagoana.
Em entrevista ao Alagoas24Horas o prefeito Marx Beltrão informou que Coruripe possui hoje 54 mil habitantes, e 27 povoados, alguns deles com população maior que muitas cidades alagoanas. Em contrapartida, existem apenas seis policiais civis lotados na Delegacia e 25 militares, responsáveis pelo policiamento ostensivo. Na prática, existem dois ou três agentes da PC atuando diariamente e aproximadamente 12 PMS fazendo a cobertura do maior município em extensão territorial do Estado.
O prefeito lembra que no ano 2000 durante seu primeiro mandato como prefeito, Coruripe possuía um efetivo de 80 militares e 30 policiais civis. “Em 11 anos a população cresceu, o comércio cresceu e o efetivo reduziu. Nossa proposta desde o Governo anterior a este era oferecer condições estruturais às polícias em troca do aumento do efetivo policial, mas até o momento não houve concretização da negociação”, argumentou Beltrão.