Toni e Mirella tiveram as prisões temporárias decretadas pela 17ª Vara Criminal.
Agentes da Seção Anti-Sequestro (SAS), da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), da Polícia Civil, prenderam nesta terça-feira, 28, o casal Antonio de Pádua Bandeira Amorim, 21 anos, e Mirella Granconato, 20, que está sendo acusado no assassinato da estudante universitária Giovanna Tenório, de 28 anos, cujo corpo foi encontrado em um canavial de Rio Largo no dia 06 de junho, após quatro dias desaparecida.
Os mandados de prisão foram expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital com base no trabalho de investigação do delegado Francisco Amorim Terceiro e apoio do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc).
Segundo um agente da Deic, o casal está prestando depoimento, mas ele desconhece a informação de que Toni e Mirella serão apresentados à imprensa.
Mirella foi presa em sua residência, onde estava com os filhos, já Toni estava "resolvendo assuntos de trabalho", mas assim que soube do decreto de prisão se apresentou à polícia. O advogado do casal, Raimundo Palmeira chegou à sede da Deic por volta das 17h e falou à imprensa sobre as prisões temporárias dos clientes, que terá duração de 30 dias, já que se trata de um crime hediondo.
Palmeira disse que os dois continuam afirmando com veemência que são inocentes e que em nenhum momento se negaram a fornecer informações à polícia, nem tampouco obstruíram a investigação.
Após o depoimento, os dois seguirão para o Instituto Médico Legal (IML) onde realizarão exame de corpo de delito. Na sequência Toni será encaminhado à Casa de Custódia da Polícia Civil e Mirella irá para o presídio feminino Santa Luzia.
Informações extraoficiais dão conta que uma terceira pessoa deverá ser presa acusada de participação no crime. Este terceiro elemento estaria com o celular de Giovanna e seria ligado a Toni.
Dois dias após o corpo ser encontrado o casal Antonio de Pádua Bandeira Amorim e Mirella Granconato, ‘ofereceu’ a quebra dos sigilos telefônicos e da internet para a Polícia Civil de Alagoas, como forma de auxiliar nas investigações da morte da universitária Giovanna Tenório.
Até então o casal não estava sendo apontado pela autoridade policial como suspeito no crime. À época Toni Bandeira e Mirella negaram envolvimento no crime e se disseram dispostos a prestar depoimento – mesmo sem serem convocados – ao delegado que investiga o crime. O casal se colocou à disposição da polícia para prestar esclarecimentos.
Os nomes de Toni Bandeira e Mirella vieram à baila depois que amigos de Giovanna afirmaram que a jovem teria mantido um relacionamento com Toni, provocando a ira de Mirella. Toni alegou, no entanto, que não falava com Giovanna desde março, quando a jovem lhe pediu uma carona. Já Mirella, confirmou ter discutido com a universitária na porta de uma boate, mas negou qualquer envolvimento no crime e disse que após o término do relacionamento do marido com a jovem, no período em que o casal passou por breve separação, ela (Giovanna) ‘deixou de existir’.
No dia seguinte familiares da estudante se pronunciaram por meio da defesa informando que encontraram um aparelho celular antigo com diversas mensagens de conteúdo ameaçador enviadas por Mirella.
Uma das mensagens encontradas no celular de Giovanna teria sido enviada em setembro de 2010. Segundo o advogado, o conteúdo era a seguinte frase: “Você não foi a única p… que ele teve. Vou fazer com que você seja a última”.