Valor é um terço da ajuda anual de US$ 2 bilhões ao exército do país.
Os Estados Unidos anunciaram a retenção de cerca de US$ 800 milhões em ajuda militar ao Paquistão, um sinal de descontentamento com o corte de instrutores norte-americanos, a limitação de vistos para funcionários do país e outros atritos bilaterais, afirmou a administração de Barack Obama neste domingo (10).
Autoridades paquistanesas "tomaram algumas atitudes que nos deram motivo para interromper parte do auxílio enviado aos militares", disse o chefe de gabinete da Casa Branca, William Daley, em um programa de televisão da rede ABC. Como resultado, "reteremos parte do dinheiro que os contribuintes norte-americanos se comprometeram a dar", disse, acrescentando que a quantia é de cerca de US$ 800 milhões.
Uma reportagem do jornal "The New York Times" neste final de semana já indicava o cancelamento do envio de milhões de dólares ao exército paquistanês. A publicação afirma que os US$ 800 milhões, divididos ajuda militar e em equipamentos, é um terço dos US$ 2 bilhões anuais enviado ao país. A ajuda incluía US$ 300 milhões para reembolsar o Paquistão pela entrada de 100 mil soldados na fronteira do Afeganistão com o propósito de combater do terrorismo, bem como milhões de dólares em treinamento de militares e em equipamentos.
O Departamento de Defesa dos EUA disse que o Exército do Paquistão exigiu "cortes significativos" no número de instrutores militares norte-americanos no país e limitou a possibilidade de obtenção de vistos para funcionários dos EUA.
As relações entre os dois países estão tensas. Os EUA exigem que o Paquistão intensifique seus esforços contra o terrorismo.
Os laços bilaterais também foram afetados pela operação surpresa dos EUA que matou o líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, em 2 de maio no Paquistão, além de mortes de civis paquistaneses por ataques norte-americanos.