Na abertura do pregão índices tinham valorização perto de 1%.
A conclusão do segundo pacote de ajuda à Grécia empolga as bolsas de valores na abertura desta sexta-feira (22), repetindo o mesmo comportamento da véspera. Perto das 9h30, índices do Reino Unido, da França e da Alemanha tinham valorização perto de 1%, enquanto o Japão fechou em alta de 1,2%.
Na véspera, em Londres, o FTSE 100 subiu 0,79%, para 5.899,89 pontos. O CAC 40, de Paris, aumentou 1,66%, aos 3.816,75 pontos. Em Frankfurt, o DAX teve valorização de 0,95%, somando 7.290,14 pontos. Em Madri, o Ibex 35 teve alta de 2,93%, para 10.017,60 pontos. Em Milão, o FTSE MIB avançou 3,76%, aos 19.490,76 pontos.
Os líderes da zona do euro concluíram nesta quinta-feira (21) sua cúpula extraordinária com a aprovação de um acordo sobre um novo programa de resgate para a Grécia, evitando assim um "calote" na dívida do país. "A declaração dos chefes de Estado e Governo foi aprovada", anunciou o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.
O segundo pacote de ajuda, de acordo com o documento divulgado ao final das negociações, será de cerca de 109 bilhões de euros, em recursos da União Europeia, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do setor privado. A contribuição do setor privado foi estimada em 37 bilhões de euros. Um programa de recompra de dívidas deve somar outros 12,6 bilhões de euros vindos do setor privado, chegando a cerca de 50 bilhões de euros.
"No que concerne nossa visão sobre o envolvimento do setor privado na zona do euro, queremos deixar claro que a Grécia requer uma solução única e excepcional", afirma o documento.
A Comissão Europeia também afirmou que, se necessário, provienciará "recursos adequados" para recapitalizar os bancos gregos.
Os líderes da zona do euro acordaram também uma redução das taxas de juros e prazos de vencimento mais longos, com a participação privada, para melhorar a sustentabilidade da dívida grega.
Os chefes de Estado e do Governo da zona do euro ampliarão ao máximo possível os prazos de devolução dos empréstimos procedentes do fundo de resgate, a Facilidade Europeia de Estabilidade Financeira (FEEF), desde os atuais sete anos e meio a 15 anos (com possibilidade de até 30 anos e um período de carência de dez anos).
Além disso, as taxas de juros dos créditos deste instrumento serão reduzidas até aproximadamente 3,5%, enquanto o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, assegurou que estas medidas ‘asseguram a sustentabilidade da dívida grega’ a longo prazo.
No documento, os líderes europeus reconhecem as medidas recentes tomadas pelo governo grego para estabilizar as finanças públicas, bem como o pacote de medidas adotado pelo Parlamento grego.
“Esses são esforços inéditos, mas necessários, para trazer a economia grega de volta a uma trajetória de crescimento. Estamos conscientes dos esforços que as medidas do pacote impõem aos cidadãos gregos, e convencidos que esses sacrifícios são indipensáveis para a recuperação da economia”.
Os líderes se reuniram em Bruxelas após o Banco Central Europeu sinalizar uma mudança política ao avaliar a possibilidade de deixar a Grécia entrar em default temporariamente, havendo depois uma resposta por meio de recompra de títulos, swap da dívida e nenhum imposto a bancos.
Na quarta-feira, após uma reunião de mais de sete horas, os líderes das duas maiores economias da zona do euro – o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a premiê alemã, Angela Merkel – chegaram a uma proposta comum para a reunião desta quinta-feira.