Punição mais severa só ocorrerá se o profissional for denunciado pelo MP, CRM, Ouvidoria ou familiares da vítima.
O médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que negou atendimento à parturiente Jardilene Maria do Carmo, e ao seu filho, um bebê de 32 semanas, sofreu como punição uma ‘advertência’ em sua ficha funcional. A informação foi confirmada pela assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Saúde.
O profissional médico, cuja identidade não foi divulgada, negou atendimento à parturiente, que teve o bebê prematuro em sua residência. O médico teria recomendado à mulher que pegasse um táxi para receber atendimento, uma vez que não havia viatura à disposição.
Ainda segundo a assessoria da Sesau, o Samu não teria autonomia para aplicar punição mais severa, cabendo ao Ministério Público, Conselho Regional de Medicina, ou até mesmo à Ouvidoria provocar o Samu. O defensor público Ricardo Melro disse no fim de semana que se a Defensoria fosse procurada pela família iria ingressar com uma ação por omissão.
Até o momento, no entanto, a família de Jardilene não buscou nenhum órgão responsável para formalizar a denúncia contra o médico, que seguirá trabalhando normalmente. Após perder o bebê, Jardilene do Carmo foi internada em um hospital particular para ser submetida a procedimento de curetagem.