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Falta de médicos nas equipes indígenas preocupa MPF

Assunto será um dos debatidos em reuniões na Funasa.

Por solicitação do Ministério Público Federal em Alagoas, duas reuniões vão acontecer nesta terça-feira (6/7), na sede da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em Maceió, para discutir soluções que garantam a contratação de profissionais de saúde, medicamentos e o transporte para atendimento de comunidades indígenas.

De acordo com o procurador da República José Godoy, a primeira reunião, prevista para as 9 horas, vai tratar principalmente dos problemas relacionados à falta de médicos nas equipes de saúde indígena, denunciados durante audiência pública realizada no último dia 25, em Arapiraca. À tarde, por volta das 14 horas, a discussão vai prosseguir na busca de soluções quanto à falta de transporte nas aldeias.

Conforme foi informado ao MPF, os 12500 índios que vivem hoje nas aldeias espalhadas pelos municípios de Água Branca, Feira Grande, Inhapí, Palmeira dos Índios, Pariconha, Porto Real do Colégio, São Brás, São Sebastião e Joaquim Gomes só contam com a assistência de 13 equipes de saúde indígena. Destas, apenas três têm profissionais médicos. Questões salariais e contratação precária pelos municípios são os principais problemas para manutenção das equipes.

Sem médico nos postos das aldeias, sem atendimento nos postos municipais, sem transporte para levar os doentes mais graves aos hospitais próximos e com dificuldades para obter medicamentos, as lideranças indígenas (wassú-cocal, xucuru-kariri, karapotó, tingui-botó, kariri-xocó, xocó, kalonkó, koiupanká, geripankó, karuazú e katoquim) comparecerem em massa à audiência de agosto e devem participar ativamente das reuniões na Funasa nesta terça-feira.