O policial militar, que é primo da prefeita, está sendo apontado como autor dos disparos que matou o edil.
A prisão da prefeita de Anadia, Sânia Tereza, seu marido, Alessander Ferreira Leal, e do policial militar Claudio Magalhães da Silva, pode levar ao esclarecimento da morte do vereador Luiz Ferreira, 61, executado com 13 tiros de pistola 9mm quando retornava para a cidade de Anadia. O policial militar, que é primo da prefeita, está sendo apontado como autor dos disparos que matou o edil.
O secretário de Defesa Social, Dário César, disse por meio de mídias sociais, que o “pior bandido é aquele que travestido de policial usa o poder lhe conferido pela lei para cometer crimes, ao invés de proteger a sociedade”. O secretário afirmou, ainda, que “não descansaremos enquanto não colocarmos na cadeia as pessoas que cometeram o bárbaro crime contra o povo pacato de Anadia”.
As investigações da Polícia Civil mostram um intrincado plano para executar o vereador e médico Luiz Ferreira. Anteriormente aliado político de Sânia Tereza, o vereador teria rompido há cerca de um ano, após seu partido – PPS – anunciar a intenção de encabeçar chapa visando ao executivo municipal, o que provocou o racha com a prefeita.
Outro ponto que teria acirrado as relações entre a prefeita e o vereador seria o pedido de afastamento da chefe do executivo, que seria votado na Câmara de Vereadores de Anadia, ao qual Luiz Ferreira já teria se manifestado favorável.
No mesmo dia da morte do vereador, Sânia Tereza emitiu nota oficial por meio da sua assessoria lamentando a morte do vereador e exigindo a apuração do crime. Na última semana, a prefeita se reuniu com o delegado Mário Jorge Marinho, que responde interinamente pela delegacia geral, e voltou a pedir a apuração do crime, alegando – inclusive – que temia pela sua própria vida.
Com a prisão da prefeita, ela passa da condição de aliada a principal suspeita do crime. A prefeita será submetida a exame de corpo de delito e deverá ser encaminhada para o Presídio Feminino Santa Luzia.