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Excesso de sal na alimentação pode desencadear doenças crônicas

É importante controlar a quantidade de sal.

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Quem nunca se sentou à mesa para fazer uma refeição e tomou a iniciativa de acrescentar sal de cozinha ao prato, mesmo antes de provar o sabor da comida? Essa é uma prática corriqueira no cotidiano de grande parte das pessoas, mas radicalmente condenada pelos medicos, já que o uso excessivo do produto pode desencadear doenças crônico-degenerativas.

Por esta razão, é importante controlar a quantidade de sal consumida durante as refeições, já que mesmo sendo importante para o organismo, ele pode desencadear problemas cardiovasculares, insuficiência renal e até um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Por isso, segundo a gerente do Serviço de Comércio de Alimentos da Vigilância Sanitária Estadual, Márcia Alves, diariamente devem ser consumidas até 5g de sal, já que esta quantidade possui 1.7g de sódio, que é o recomendado por dia.

“As pessoas têm o péssimo hábito de consumir sal em excesso, sem atentar para os riscos que ele provoca à saúde. Muitos dizem que ele dá gosto aos alimentos, mas pode ser substituído por ervas, por exemplo, sendo usado de uso racional”, informou a gerente do Serviço de Comércio de Alimentos da Vigilância Sanitária Estadual, ao informar que o consumo correto é importante para controlar os impulsos nervosos e a secreção gástrica.

De acordo com Márcia Alves é imprescindível que os consumidores possam atentar para os rótulos das embalagens, quando estiverem nos supermercados realizando suas compras. Isso porque, nelas estão inseridas informações nutricionais dos alimentos e, desse modo, fica fácil saber quais deles são ricos em sal e que devem ser cortados da alimentação diária.

Condenados

Entre os produtos condenados pela Anvisa, estão os industrializados, a exemplo dos macarrões instantâneos, dos temperos prontos e dos refrigerantes dietéticos, já que mesmo contendo menos açúcar, concentram grande quantidade de sódio.

“Claro que existem muitos alimentos que de cara já percebemos a grande quantidade de sal, a exemplo do charque, mas em muitos industrializados o teor de sódio está mascarado e são esses que representam grande risco, já que acabam escondendo os males que podem acarretar à saúde”, orientou Márcia Alves.

Em consequência destes problemas, o Ministério da Saúde (MS) e a indústria de alimentos fecharam acordo para reduzir o teor de sódio em 16 categorias de alimentos processados, como massas instantâneas, pães e bisnagas, nos próximos quatro anos. Ao diminuir a quantidade de sódio nos produtos alimentícios industrializados, a ideia é estimular o brasileiro a ingerir menos sal.

Por esta razão a Anvisa publicou a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 24/2010, que regulamenta a propaganda dos alimentos. Com isso, as embalagens devem trazer as informações nutricionais de forma clara, destacando que o consumo em excesso pode trazer males à saúde de quem os consumir.

Doenças

Entre os problemas graves que o sal pode trazer à saúde está à hipertensão arterial, que afeta 35% da população acima dos 40 anos. “A hipertensão arterial ou pressão alta, quando não tratada, é o principal fator de risco para derrames, paralisação dos rins, lesões nas artérias, alterações na visão além das doenças do coração. Por isso, é importante o cuidado com a pressão”, explicou Márcia Alves.

De acordo com o Ministério da Saúde, as doenças cardiovasculares incluem hipertensão, doença cardíaca coronariana (infarto e angina), Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC), Acidente Vascular Cerebral (AVC) e cardiopatias congênitas. Atualmente, 300 mil brasileiros morrem a cada ano, por causa de doenças cardiovasculares. Segundo estimativas, cerca de 1/3 das pessoas que sofrem infarto não sobrevivem e a maioria das mortes ocorre dentro de duas horas.

Já o AVC resulta da restrição de irrigação sanguínea ao cérebro, causando lesão celular e danos nas funções neurológicas. Apresenta-se como a segunda causa de morte no mundo. Ele representa a principal causa de incapacidade neurológica dependente de cuidados de reabilitação e a sua incidência está relacionada com a idade.