Nesta tarde, uma comissão de oito alunos foi recebida pela reitora Ana Dayse Dórea no gabinete para discutir as reivindicações.
Cerca de 80 alunos do curso de Medicina Veterinária de Viçosa ocuparam, nesta segunda-feira, 26, a reitoria do Campus A.C. Simões, da Universidade Federal de Alagoas. A ocupação dos estudantes aconteceu após algumas mobilizações e protestos por falta de condições de funcionamento do curso. Os alunos afirmam que só deixarão o local quando as reivindicações forem atendidas.
Segundo Bruno Abreu, estudante responsável pela comunicação do grupo, as instalações do curso de Veterinária são precárias e usou a palavra “calamidade” para descrever o ambiente. Ele conta que no 1º período do curso, existe apenas um professor e que as aulas ocorrem apenas uma vez na semana.
Para piorar a situação, nos demais períodos a carência é tão grande que os poucos professores existentes têm que assumir as disciplinas que não possuem docente. O laboratório é um caso à parte. Constituído como multidisciplinar, os alunos se queixam de ter que desenvolver análises clínicas e análises de produtos alimentícios no mesmo lugar. “Como só existe um laboratório para tudo, nós analisamos fezes de animais e leite, por exemplo, no mesmo ambiente”, conta Bruno.
Nesta tarde, uma comissão de oito alunos foi recebida pela reitora Ana Dayse Dórea no gabinete para discutir as reivindicações. Caso a pauta seja atendida, os alunos poderão desocupar a reitoria ainda hoje.
O Alagoas24Horas tentou falar com a reitora, mas foi informado por uma secretária que ela só deverá se pronunciar quando acabar a reunião.
Além dos alunos de Veterinária, estão acampados na reitoria técnicos federais ligados ao Sindicato Sindicato dos Trabalhadores da Ufal (Sintufal). Os trabalhadores estão no local desde o dia 30 de agosto e a greve da categoria já dura três meses.
Das 27 Universidades Federais que realizaram greve, apenas oito mantém a paralisação. A categoria reivindica melhores condições de trabalho, reajustes salariais e lutam para impedir que o projeto de privatização dos Hospitais Universitários seja aprovado.
“Sabemos que a ocupação incomoda porque deixa o ambiente feio, mas precisamos reivindicar. Só vamos deixar a reitoria quando a reitora abrir novo canal de negociação com a categoria”, disse Rivonilda Costa, acrescentando que a Federação Brasileira dos Técnicos Federais está negociando a pauta com o Governo Federal.