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Mãe é presa acusada de queimar rosto do filho

Ana Paula Oliveira da Silva, de 28 anos, teria usado uma colher quente para ferir a criança

A mãe de um menino de nove anos foi presa na madrugada desta quarta-feira, acusada de ter queimado o próprio filho no fim de semana, no Conjunto Habitacional da Cohab, em Realengo, Zona Oeste. O ferimento próximo ao olho direito da criança, produzido por Ana Paula Oliveira da Silva, de 28 anos, segundo a polícia, foi percebido por funcionários da escola onde o menor estuda. O hematoma foi feito com uma colher quente. O crime é inafiançável.

De acordo com o delegado da 33ª DP (Realengo), Rafael Stambowsky, a agressão da mãe ocorreu no sábado. Descontrolada com o suposto furto do filho do telefone celular em um salão de beleza. Ela foi até a cozinha do apartamento, aqueceu uma colher e provocou o ferimento de cerca de cinco centímetros no rosto da criança.

Após dois dias de ausência às aulas, o menino retornou à Escola Municipal Professor Afonso Henrique Saldanha, também em Realengo, na tarde desta quarta-feira. A professora o questionou sobre as faltas e o hematoma no rosto. A criança teria respondido que havia se ferido fritando hamburguer. A avó dele, no entanto, acreditando que havia uma reunião, esteve no colégio na mesma tarde. Aos funcionários ela teria confessando que presenciou a agressão da filha ao neto.

Com base nos depoimentos da criança, dos funcionários da escola, da avó e da tia do menino que disseram ter presenciado a agressão e o resultado da perícia, o delegado Rafael Stambowsky resolveu pedir pessoalmente ao plantão do Tribunal de Justiça do Rio a prisão temporária de Ana Paula por 30 dias. Em seguida, os policiais foram até a Cohab para prender Ana Paula.

"Aparentemente ela se mostrou arrependida. Disse inclusive que já esperava que a polícia fosse prendê-la. Ela reconheceu que exagerou e que se excedeu na agressão ao filho", relatou o delegado.

O menino foi entregue aos cuidados da avó. Ana Paula foi autuada pelo crime de tortura qualificada. O crime é inafiançável e a pena pode chegar a 10 anos de prisão. Ela será encaminhada a uma carceragem da Polinter ainda nesta quarta-feira.