Criança chegou em óbito no minipronto-socorro do Jacintinho.
A morte de uma criança de apenas dez meses de idade chamou a atenção de policiais e funcionários do Minipronto-socorro do bairro do Jacintinho na manhã desta quarta-feira, dia 26. A causa da morte ainda não foi esclarecida, mas marcas no corpo do bebê levantaram a suspeita de espancamento.
A criança foi encaminhada para a unidade de saúde pela mãe do padrasto – de apenas 16 anos de idade. Verônica dos Santos disse à reportagem do Alagoas24Horas que o filho passeava com o bebê e teria chegado em casa afirmando que o garoto havia sido ‘picado por um besouro’.
“Ele [bebê] estava com a respiração estranha e passando mal. Perguntei ao meu filho se ele tinha caído e meu filho disse que um besouro tinha picado ele. Então peguei a criança e trouxe para o pronto-socorro”, explicou Verônica.
A mãe da criança, de 14 anos, não estava em casa no momento em que o bebê passou mal.
A criança já deu entrada na unidade de saúde em óbito. Profissionais do minipronto-socorro acionaram a Polícia Militar de Alagoas devido à presença de hematomas pelo corpo do bebê.
Segundo a soldado Rosa, do Batalhão de Policiamento de Eventos (BPE), o bebê apresentava hematomas no pescoço, cabeça, barriga e braços. “A criança apresenta sinais de maus-tratos. Já acionamos o Instituto de Criminalística (IC) e o Conselho Tutelar para averiguar a situação”, explicou a militar.
Verônica informou que a mãe da criança estaria morando em sua casa, no bairro São Jorge, há cerca de 15 dias e disse que nunca presenciou maus-tratos contra o bebê. “Essa marca no pescoço dele era de assadura. Ele estava com o pescoço inteiro em ‘carne-viva’ e já estava bem melhor porque eu passei pomadas. Na minha frente eles [nora e filho] nunca maltrataram ele”, destacou.
As causas da morte do bebê ainda não foram esclarecidas. O corpo da criança deverá ser encaminhado para o Instituto Médico Legal Estácio de Lima onde será submetido a exame de necropsia. O caso deverá ser investigado pela Delegacia de Crimes contra a Criança e o Adolescente.
A Polícia Militar realizou buscas na residência do padrasto do bebê, mas não o localizou. O irmão do adolescente, que não teve o nome divulgado, garantiu que o levaria pessoalmente à Delegacia e o fez.
O menor se apresentou na tarde desta quarta-feira, 26, prestou depoimento, confirmando a versão apresentada por sua mãe e ficará detido, conforme informou a chefe de serviço da Delegacia.
Ainda segundo ela, o menor será entregue ao Juizado da Criança e do Adolescente, que deve decidir seu destino.
A mãe da criança, uma adolescente de 14 anos, contou em depoimento à polícia, que o bebê estava com o padrasto e que os dois estavam deitados juntos. Ela afirma que o menino estava bem e de uma hora para outra ficou "se batendo na cama", o que teria causado os hematomas.
Atualizada às 15h30.